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Revision 1510 May 2006 - MazzBord

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Educação Musical

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-- MazzBord - 19 Apr 2006 Artigo Colaborativo: A educação musical no Brasil (título provisório) Disciplina Educação Musical no Brasil – 2006.1
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Colaboradores: Cristina Tourinho Elba Costa Gisele de Carvalho Jaqueline Leite João Fortunato Quadros Jorge Sacramento Márcio Muniz Marcos Moreira Marcos Serrano Marcos Welby Ricieri Zorzal Risaelma Moura Robson Barreto Suzana Kato
 
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Introdução Este artigo pretende esboçar a história da educação musical no Brasil, apontando nomes, lugares e fatos relevantes que marcaram o ensino de música em nosso país, da descoberta até datas recentes. Como não poderia deixar de ser, somos conseqüência e reflexo de ações sociais e políticas passadas, estamos no presente como frutos dos acontecimentos. Por este motivo, os acontecimentos musicais aqui relatados estão colocados em uma aproximação contextualística, relacionados com fatos políticos e sociais que marcaram a história do Brasil. A divisão por períodos foi feita seguindo o critério de destacar os momentos importantes dos modelos políticos, econômico e social que causaram mudanças significativas na educação musical vigente. A fase jesuítica da escolarização colonial Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Souza, decididos a catequizar os índios. A política vigente era de que a colônia (Brasil) deveria prover recursos para a metrópole (Portugal). Por este motivo a pequena nobreza veio organizar a “empresa colonial”. Segundo Ribeiro, Começando pelo aprendizado do português, incluía o ensino da doutrina cristã, a escola de ler e escrever. Daí em diante, continua, em caráter opcional, o ensino de canto orfeônico e música instrumental, e uma bifurcação tendo em um dos lados o aprendizado profissional e agrícola, de outro, aula de gramática e viagem de estudos à Europa. (2003: 21-2) Logo ficou evidente que os índios não se submeteriam às instruções religiosas, e estes foram preteridos em função dos filhos dos colonos. A fase jesuítica da escolarização colonial Sabemos que os jesuítas foram os primeiros professores de música européia no Brasil o que não significa que esta afirmação, implique na definição da configuração musical do Brasil, pois, como afirma Kiefer (1977, p. 11): A ação dos jesuítas no campo da música tinha uma finalidade eminentemente catequética e visava, sobretudo, os indígenas. Acontece, porém, que a conseqüente ‘deculturação’ do índio foi tão radical que, praticamente, não ficaram vestígios na música brasileira. Portanto, o ensino da música pelos jesuítas não pode ser considerado como coluna mestra do desenvolvimento da nossa música brasileira. Muito mais importante, neste sentido, foi a ação dos mestres de capela que vieram de Portugal ou que se criaram aqui – padres e leigos – e que teve início já no primeiro governo geral na Bahia e, logo depois, em Pernambuco e outros centros. Além disto, é preciso não perder de vista que os portugueses trouxeram para cá as suas danças e seus cantares.” (KIEFER, 1977, p.12).

Quanto ao idioma que os jesuítas utilizavam para a catequese, Bruno kiefer (1977, p.12) menciona “é sabido que os jesuítas adaptavam o cantochão ao idioma dos indígenas e, ao mesmo tempo, ensinavam-lhes instrumentos europeu. A título de exemplo, a introdução do cravo (precursor do piano, junto com o clavicórdio).” Segundo Fonterrada (1992, p.70), “durante todo período colonial, a educação musical continuou vinculada à Igreja e, portanto, muito ligada às forças européias.” Assim, desde o período da colonização do Brasil, vemos o interesse sócio- político quanto ao ensino da música, de forma a favorecer a classe econômica mais favorecida, como nos mostra Neide Espiridião (2002, p. 70) No Brasil Colonial, inicialmente com os jesuítas, o aprendizado musical destinava-se à classe menos favorecida – índios, com a finalidade da catequese, e negros, para compor os conjuntos musicais nas festividades solenes e religiosas, o que podemos aludir a uma espécie de mão-de-obra barata. O repertório utilizado era essencialmente europeu, prevalecendo a tradição e o gosto da classe dominante. Com a expulsão dos jesuítas, o ensino musical profissionalizante é transferido para os mestres de capela, os quais não eram necessariamente religiosos, organizados em Irmandades e Confrarias e também por iniciativas particulares.” (ESPIRIDIÃO, 2002, p.70).

A influência dos escravos africanos “A vinda de escravos da África ajudou a desenvolver um tipo afrobrasileiro de música popular que era, no entanto, condenado pela Igreja, a qual considerava eróticos alguns dos elementos que continha. A expressão musical, porém, com exceção da modinha, precisou aguardar até o século XIX, para que elementos populares se incorporassem aos europeus, dando origem a manifestações de caráter nacionalista.” (FONTERRADA, 1992, p. 71). “[...] o grosso da atividade musical, sobretudo no plano da interpretação instrumental, era realizado por negros e mestiços, muitos deles ainda escravos. Estes escravos-músicos eram altamente qualificados e suas atividades diárias se concentravam no aperfeiçoamento da sua técnica. É notória, mas ainda pouco estudada, a importância da Real Fazenda de Santa Cruz, um verdadeiro conservatório só para escravos, cuja tarefa era a de divertir a corte imperial. Criou-se, entre negros e mestiços da corte e das principais vilas e cidades, escravos e libertos, uma tradição musical complexa e plural, que trazia elementos diversos enraizados do século XVIII e início do XIX (música sacra, danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças profanas, modinhas e lundus), reminiscências de danças e cantos dramáticos (jongo, por exemplo), estilos e modas musicais européias “sérias” (neste campo, o barroco foi dominante) e ligeiras, como a polca e a valsa.” (NAPOLITANO, 2002, p. 43).

A fase joanina A chegada da família real ao Brasil, em 1808, trouxe contribuições significativas no âmbito das atividades musicais, como podemos observar o que diz Fonterrada (1992, p. 71) Teve início um processo que ocasionou grandes transformações na cidade do Rio de Janeiro, alterando profundamente seus hábitos e vida social. D. João VI, que provinha de linhagem que incentivava o exercício das artes, continuou aqui a tradição de sua família, patrocinando em particular a música. Criou a Capela Real, cuja orquestra contava com grande número de músicos europeus, trazidos especialmente para reforçá-la. Além de instrumentistas, vieram também compositores estrangeiros – Marcos Portugal e Sigismund Neukomm – que exerceram grande influência na formação de músicos brasileiros.”(FONTERRADA, 1992, p.71).

“A atividade musical profissional ainda era vista, em meados do século XIX, como uma forma de trabalho artesanal, logo, ‘coisa de escravos’. A atividade de músico era vista como uma espécie de artesanato, de trabalho realizado a partir de regras de ofício e correta manipulação do material bruto do som, e não como atividade “espiritual” ligada ao talento natural.” (NAPOLITANO, 2002, p. 42). Verificamos de acordo com Neide Esperidião (2002, p. 70), que “alguns historiadores afirmam que em Santa Cruz existiu uma escola de música, considerada como um verdadeiro Conservatório, na qual D. João VI estabeleceu escola de primeiras letras, de composição musical, de canto e de muitos outros instrumentos.”

A fase imperial - 1823 Destacamos a reorganização do primeiro conservatório - o Imperial Conservatório -, criado por iniciativa de Francisco Manuel da Silva, em 1841, posteriormente transformado em Instituto Nacional de Música e atualmente, Escola de Música da universidade Federal do Rio de Janeiro, que passa então a oferecer ensino profissionalizante em música. De acordo com Oliveira (1992, p. 36), foi o próprio Francisco Manuel, que “conseguiu colocar a responsabilidade da educação do músico brasileiro nas mãos do governo [...] tornando-se subordinado à fiscalização do Ministro do Império.” Que tipo de estrutura tinha o primeiro conservatório? O que o ensino da música refletia na época?

A fase republicana – 1889 “Com a República, a vida musical tornou-se mais diversificada: foram criadas sociedades e clubes, que promoviam concertos mensais a seus associados, trazendo composições européias, sempre muito valorizadas.” (FONTERRADA, 1992, p.73).

A semana de 22 – O movimento Nacionalista A busca por uma estética musical que pudesse caracterizar uma música tipicamente brasileira em sua essência, faz da semana de 1922 um marco, não só para os ideais da época, bem como, podemos dizer que, de certa forma influenciou a educação musical do país?????? Como o ideal de Mário de Andrade vem refletir na educação musical???

A revolução de 30 O Canto Orfeônico foi implantado por Villa-Lobos no Distrito Federal através do Decreto n. 19.890, de 18/04/1931 (PAZ, 2000, p.13). Villa-Lobos criou ainda o “curso de pedagogia e canto orfeônico, cursos de especialização e aperfeiçoamento, além de cursos de reciclagem intensivos [...], criação do Orfeão de Professores do Distrito Federal; a seleção e preparação de material para servir de base de formação de uma consciência musical e , como não podia deixar de ser, o folclore brasileiro foi o esteio principal, resultando deste esforço o Guia prático; criação da Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), organismos responsável pela supervisão, orientação e implantação do programa de ensino de música, criando concertos populares didáticos, círculo de pais e professores, o teatro escolar, a criação de grupos de dança, discoteca e biblioteca de música nas escolas.” (PAZ, 2000, p.13) O canto orfeônico, para Oliveira (1992, p. 37) “apesar do grande fervor patriótico e das grandes massas que cantavam em praças públicas, hoje podemos avaliar o movimento orfeônico como efetivo para fazer cantar mas não para fazer crescer.” 1937, vinda do professor Koellreutter para o Brasil.

Educação musical pós guerra

Os anos 70: criatividade

A criação da ABEM: 1990

Tendências atuais

Conclusão: “A educação musical no Brasil tem sido principalmente um reflexo de propósitos políticos e religiosos. A sociedade brasileira tende para a mudança e para a reforma: a educação percorre também este impulso, incentivada pelo sabor da individualidade que corre nas veias do novo brasileiro. O desenvolvimento da educação musical brasileira está ligado à história da própria cultura e a da Europa. Desde 1500, ano da descoberta do Brasil, portugueses e espanhóis, ameríndios e africanos contribuíram para a formação da sua cultura.” (OLIVEIRA, 1992, p.35).

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