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Revision 122 Aug 2005 - MonicaPaz

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A Sociedade da Informação no Brasil e na Bahia

Durante o ano de 2000 o governo brasileiro implementou um grande projeto que envolveu mais de uma centena de profissionais, entre acadêmicos, políticos, administradores públicos, empresários, lideranças comunitárias, para produzir um documento inicial que definisse as bases para a inserção do país na chamada Sociedade da Informação. A Bahia esteve presente nesse processo através de alguns pesquisadores, sendo que dois deles do quadro da Faculdade de Educação, tendo sido o coordenador do GT Educação, o diretor da FACED.

O Programa foi lançado pela Presidência da República em dezembro de 1999 e, durante cerca de um ano, 12 Grupos de Trabalho (GT) buscaram elaborar uma proposta política para essa inserção, considerando as mudanças que estão acontecendo no mundo em função da presença generalizada das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O objetivo foi o de construir um documento inicial - conhecido internacionalmente como Livro Verde (Green Book) - que, após a sua publicação, ocorrida em setembro de 2000, pudesse ser amplamente discutido pela sociedade brasileira, através de audiências públicas, congressos, conferências e discussões em associações, sindicatos, federações, empresas, universidades, escolas, enfim em todos os espaços sociais.

Na Bahia, sob a liderança do antigo CADCT (hoje FAPESB) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães um processo de reverberação desse programa foi lançado ao longo do ano de 2000, com uma série de audiências públicas e com a montagem de uma agenda afirmativa para a inserção da Bahia nesse Programa. Um significativo conjunto de ações já vem sendo implementado por diversos órgãos e instituições do Governo do estado da Bahia, mas sentimos necessidades de ampliação o acesso dos formadores de jovens e crianças - as professoras e professores - nesse mundo tecnológico.

Ao longo das discussões travadas no estado, ficou claro que, para a Bahia, esse Programa precisa ter como horizonte uma lógica que considere a necessidade de formar um cidadão pleno para a sua interação com esse mundo de informação e comunicação. Assim, esse Programa terá que buscar dar conta das inúmeras desigualdades que vivemos no país e que, ao tratar das questões tecnológicas, não crie mais uma: aquela relativa aos sem-acesso às TIC. Um programa, em última instância, que esteja centrado na busca de, ao oferecer esse acesso, trabalhar para diminuir as outras desigualdades tão conhecidas em nosso país.

No caso específico da Internet, os dados são assustadores e bem demonstrados no próprio Livro Verde: menos de 6% dos municípios brasileiros têm provedores de acesso local à rede Internet e o número de brasileiros conecta`os é muito baixo, não chegando a 7% e, mesmo assim, a grande maioria pertencente às classes mais abastadas. Isso só vem a reforçar a chamada infoexclusão e coloca na mesa o nosso maior desafio: como aumentar a presença de toda a população brasileira na Sociedade da Informação? Pelo que temos visto até agora, a infoexlcusão tende a intensificar-se se não mudarmos esse enfoque, baseado num mesmo modelo e, principalmente, numa mesma lógica excludente, como acontece com todas as demais políticas brasileiras para a área social.

 
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