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Revision 405 Aug 2006 - MaristelaMidlej

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O Desenho Didático na Educação online e as práticas pedagógicas no Ambiente Virtual de Aprendizagem: um estudo de caso
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Apresentação

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Nos ambientes em que se combinam tecnologias e meios, levando-se em conta potencialidades e limitações específicas de cada tipo de comunicação mediada por computador, a interação com conteúdos e a interação entre os indivíduos envolvidos no processo, professores e estudantes, são considerados como aspectos críticos nas práticas pedagógicas.
Para tanto, torna-se essencial investigar em que medida a tecnologia está sendo aproveitada no campo do currículo, na perspectiva de aprendizagem colaborativa, centrada na prática, considerando necessidades de superar qualquer forma de organização de conhecimento que esteja baseada em disciplina, no desenvolvimento da interatividade, e numa abordagem de ensino-aprendizagem em rede, considerando o aprendiz como um sujeito ativo no processo de conhecimento, fruto da relação interativa, possibilitando assim a sua autonomia.
Em um programa de Educação online com enfoque interativo, o desenho didático é importante, assim como a construção de mecanismos que possibilitem avaliar, interferir e modificar uma determinada realidade educacional. O desafio de utilizar ambientes que realmente sejam espaços interativos de educação, considerando as suas três dimensões – interatividade, colaboração e autonomia - e que proponha práticas curriculares mais comunicativas, que potencializem autorias individuais e coletivas, ainda é pouco praticado e revela a pouca experiência dos educadores na sua utilização.
É nesse contexto que se estrutura esta proposta de estudo, onde se pretende investigar a presença dessas dimensões no modelo pedagógico de um programa de Aprendizagem a Distância (online), a partir de uma análise do ambiente virtual, utilizado em um determinado curso de formação de professores, e das vivências ocorridas nele. Minha preocupação parte da necessidade de investigar como professores e estudantes estão utilizando as interfaces digitais de comunicação e informação em práticas pedagógicas, e, principalmente, de perceber como o desenho didático dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs – pode potencializar práticas mais interativas.

Justificativa

Atualização permanente é o ponto-chave da sociedade da informação. Nesse contexto destaca-se a importância da emergência de ensino na modalidade não-presencial, mediadas pelas tecnologias, para suprir o número restrito de vagas na rede de ensino, assim como às necessidades individuais e sociais do mundo do trabalho.
O Brasil vive uma intensa busca de alternativas para a formação de professores dos ensinos fundamental e médio. Isso se deve basicamente ao fato de que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estipula a exigência de certificação universitária para os professores. Em decorrência disso, praticamente todas as instituições universitárias passaram a estabelecer programas especiais de formação de professores. Além dessa necessidade de oferecimento de cursos em nível superior, está se intensificando cada vez mais a quantidade de cursos a distância para atualização dos professores em serviço.
Desde 1999, como multiplicadora do Programa de Informática na Educação – PROINFO – do Ministério da Educação e Cultura, atuando no Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE - no município de Itabuna na Bahia, venho observando o desenvolvimento das tecnologias da comunicação e informação na educação, e percebendo suas fragilidades advindas de um contexto sócio-político pedagógico em que se observa a necessidade de um maior investimento das políticas públicas.
Hoje, aumenta ainda mais a minha preocupação em relação as TIC na educação, pois os seus usos por si só não são garantia da melhoria na qualidade do processo ensino-aprendizagem, mas sim da forma como são utilizadas, mais precisamente da concepção de mundo, homem e educação que norteia as práticas pedagógicas. Os NTE, por serem pólos regionais de formação de professores, estão responsáveis pela inserção tecnológica de professores-cursistas da modalidade de educação a distância. Além disso, no final de 2004 conclui um curso de especialização em Planejamento e Gestão de Sistemas de Educação a Distância, oferecido pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB - que faz parte de um programa de formação de professores da Secretaria de Educação do estado da Bahia.
Nesse sentido, como formadora de profissionais da educação e como especialista em planejamento e gestão de sistemas em EAD, justifica a importância de um aprofundamento em conhecimentos para uma nova abordagem das práticas pedagógicas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, enfocando o desenho didático, como forma de emergir/imergir elementos fundantes da educação online: colaboração, interatividade e autonomia, assim como contribuir para o aprimoramento dessa modalidade de educação.

Delimitação dos Problemas

A Educação a Distância não é algo recente. Na verdade, remonta aos tempos mais antigos, portanto sua trajetória precede a utilização do computador na educação: o ensino por correspondência, via rádio e mais tarde a teleducação são exemplos dessa modalidade. Tais experiências, no entanto, partiram da concepção de educação instrucionista, enquanto transmissão de informação e centrada no autodidatismo. Os recursos técnicos eram apenas meios de fazer a informação chegar a um maior número de pessoas.
Assim, um dos grandes problemas desses cursos relacionava-se a falta de interatividade no processo de aprendizagem. Os alunos ficavam impossibilitados de trocar experiências e dúvidas com professores e colegas. Em conseqüência do isolamento, vinha o desestimulo e a desistência.
Hoje, sob o impacto de uma verdadeira revolução tecnológica, com todas as interfaces disponíveis que permitem a interatividade entre os pares, o compartilhamento e a colaboração na elaboração de saberes, ainda assim, há experiências em Educação a Distância na formação de profissionais que, apesar de utilizar ambientes online de aprendizagem, ainda demonstram que a modalidade acontece presa aos conceitos de currículo e aprendizagem que marcaram a pedagogia num determinado momento histórico, valorizado por numa visão instrucionista, esvaziando de sentidos e significados a utilização das tecnologias na educação.
Ciente que a interatividade não está nas máquinas, mas nas relações homem-máquina, nas concepções de mundo, sociedade, educação e homem e que permeiam as práticas pedagógicas, surgem diversas inquietações: é dessa forma vigente que estamos preparando o indivíduo para ter acesso às redes de comunicação, ao conhecimento disponível? Como desenvolver autonomia, colaboração, criticidade e interatividade a partir desses novos suportes?
Na minha caminhada de trabalho com a formação de professores para/com o uso da tecnologia na educação, percebo que já não há mais tempo nem espaços para modelos instrucionistas equivocados, cientificamente defasados, simplificadores e mutiladores dos processos de construção do conhecimento e da própria dinâmica da vida.
Nesse sentido, delimita-se como minha questão compreender, através das falas dos professores-cursistas, até que ponto o Desenho Didático – DD - dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs, utilizado para cursos de formação de professores em serviço, pode potencializar práticas pedagógicas mais sintonizadas com os referenciais teórico-metodológicos de educação na contemporaneidade.
Constituem-se como questões norteadoras:
- Qual a concepção teórico-metodológica que norteia o desenho didático e as práticas pedagógicas nos AVAs?
- Quais os potenciais e limitações das interfaces dos AVAs, enfocando a promoção da autonomia, da colaboração e da interatividade?
- Em que medida os princípios e estratégias pedagógicas estão em sintonia com as novas formas de ensinar e aprender?
- Como os docentes-cursistas percebem a ação mediada pelas interfaces pedagógicas e comunicacionais disponibilizadas no ambiente online de aprendizagem?
Essa problemática sinaliza cada vez mais a urgência de se buscar não apenas novas bases epistemológicas que subsidiem uma renovação nas práticas pedagógicas, mas a construção de um pensamento educacional mais atualizado.

Objetivo Geral

-Compreender como o desenho didático do AVA pode potencializar práticas pedagógicas mais sintonizadas com os referenciais teórico-metodológico de educação na contemporaneidade.

Objetivos Específicos

-Identificar e analisar potenciais e limitações das interfaces dos AVAs, a partir dos conceitos de colaboração, autonomia e interatividade.

-Investigar a percepção dos alunos sobre a ação educativa mediada pelas interfaces pedagógicas e comunicacionais disponibilizadas no ambiente online de aprendizagem.

-Identificar quais são os princípios e estratégias pedagógicas que estão em sintonia com as novas formas de ensinar e aprender.

Fundamentação teórica

1.A Educação online frente a ressignificação do paradigma educacional vigente
Lévy, Moraes, Capra, Maturana, Varela, Prigogine, Morin, Pretto

2.A sociedade em rede
Castells, Lévy
2.1.A Cibercultura
André Lemos, Lévy, Franscisco Rudiger
2.2.1. As comunidades virtuais
Howard Rheingold, Paulo Dias

3. A Educação online
3.1. As novas formas de ensinar e aprender na sociedade em rede
3.2. A formação dos professores
3.3. Os ambientes virtuais de aprendizagem
3.4. As interfaces digitais de aprendizagem e a educação online
3.5. As comunidades virtuais de aprendizagem
3.6. Autonomia, colaboração e interatividade
Marco Silva, Alex Primo e Carsol, Edméa Santos, Andréa Ramal, André Lemos, Bonilla, Masetto, Moran, Lúcia Santaella

4.O Desenho Didático e as práticas pedagógicas
Andréa Filatro, Andréa Ramal

Metodologia

Referências Bibliográficas

BARBIER, René. A pesquisa-ação. Trd. Lucie Didio. Brasília: Editora Plano, 2002.
BONILLA, Maria Helena e PICANÇO, Alessandra de A. Construindo novas educações. In: Tecnologias e Novas educações. PRETTO, Nelson de Luca. (org.) Salvador: EDUFBA, 2005.
CAPRA, Frijot. A Teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo; Editora Cultrix, 1996.
FILATRO, Andréa. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
GALEFFI, Dante Augusto. Filosofar & Educar. Salvador: Quarteto, 2003.
GALEFFI, Dante Augusto e SALGADO, Noemi Soares. Fundamentos filosóficos da educação transdisciplinar. (Mimeo)
LÉVY , Pierre. As Tecnologias da Inteligência - O Futuro do pensamento na era da Informática, São Paulo, Ed. 34, 1996.
_, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
LITWIN, Edith (orgs.) Das tradições à virtualidade. In: Educação a Distância: temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed editora, 2001.
LOISELLE, Jean. A exploração da Multimídia e da rede Internet para favorecer a autonomia dos estudantes universitários na aprendizagem. In: ALAVA, Séraphin (org). Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais? Porto Alegre: Artmed 2002.
LUDKE, Menga, ANDRÉ, Marli E. D. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MACEDO, Roberto Sidnei. A Etnopesquisa Crítica e Multiprreferencial nas Ciências Humanas e na Educação. Salvador: EDUFBA, 2000.
MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: Novas Tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
MATURANA, Humberto R. e VARELA, Francisco J. A Árvore do conhecimento: as bases biloógicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma Educacional emergente: implicações na formação do professor e nas práticas pedagógicas. In: Aberto, Brasília, ano 16, n. 70, abr/jun. 1996, p. 57-69.
______________________Pensamento eco-sistêmico: educação,aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
MORAN, José Manuel. Contribuições para uma pedagogia da educação online. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
MORAN, José Manuel. Contribuições para uma pedagogia da educação online. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. _________. O Método 2. A vida da vida. Porto Alegre: Sulina, 2001.
PRATT, K. E PALLOFF, R. Construindo Comunidades de aprendizagem no Ciberespaço: Estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed, 2002.
___________________. O Aluno Virtual: um guia para trabalhar com estudantes online. Porto Alegre: ArtMed? , 2004.
PRETTO, Nelson. Desafios para a educação na era da informação: o presencial, a distância, as mesmas políticas e o de sempre. In: BARRETO, Raquel (org). Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de janeiro: Ed. Quartet, 2ª ed. 2003.
RAMAL, Andréa Cecília. Educação com tecnologias digitais: uma revolução epistemológica em mãos do desenho instrucional. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
SANTAELLA, Lúcia. Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Palus, 2004.
SANTOS, Akiko. Didática sob a ótica do pensamento complexo. Porto alegre: Sulina, 2003.
SANTOS, Edméa Oliveira. Articulação de saberes na EAD online: por uma rede interdisciplinar e interativa de conhecimentos em ambientes virtuais de aprendizagem. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 217-230.
__________________. Educação online: Cibercultura e Pesquisa-formação na prática docente. Tese de Doutorado. Salvador, BA: FACED/UFBA, 2005.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa, 2ª ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.
________. Criar e professorar um curso online: relato de experiência. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.

REFERÊNCIAS NORMATIVAS DA EAD

Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998: regulamenta o art. 80 da LDB (lei 9.394/96).
Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005.

Revision 312 Jun 2006 - MaristelaMidlej

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O Desenho Didático na Educação online e as práticas pedagógicas no Ambiente Virtual de Aprendizagem: um estudo de caso
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 Andréa Filatro, Andréa Ramal

Metodologia

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Referências Bibliográficas

Revision 211 Jun 2006 - MaristelaMidlej

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O Desenho Didático dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem e as Práticas Pedagógicas frente a ressignificação dos paradigmas vigentes: Desafios para cursos de Formação de Professores
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O Desenho Didático na Educação online e as práticas pedagógicas no Ambiente Virtual de Aprendizagem: um estudo de caso
  Projeto de Mestrado

Revision 110 Jun 2006 - MaristelaMidlej

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O Desenho Didático dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem e as Práticas Pedagógicas frente a ressignificação dos paradigmas vigentes: Desafios para cursos de Formação de Professores

Projeto de Mestrado

Orientanda: Maristela Midlej Silva de Araújo

Orientador: Nelson Pretto

Apresentação

Nos ambientes em que se combinam tecnologias e meios, levando-se em conta potencialidades e limitações específicas de cada tipo de comunicação mediada por computador, a interação com conteúdos e a interação entre os indivíduos envolvidos no processo, professores e estudantes, são considerados como aspectos críticos nas práticas pedagógicas.
Para tanto, torna-se essencial investigar em que medida a tecnologia está sendo aproveitada no campo do currículo, na perspectiva de aprendizagem colaborativa, centrada na prática, considerando necessidades de superar qualquer forma de organização de conhecimento que esteja baseada em disciplina, no desenvolvimento da interatividade, e numa abordagem de ensino-aprendizagem em rede, considerando o aprendiz como um sujeito ativo no processo de conhecimento, fruto da relação interativa, possibilitando assim a sua autonomia.
Em um programa de Educação online com enfoque interativo, o desenho didático é importante, assim como a construção de mecanismos que possibilitem avaliar, interferir e modificar uma determinada realidade educacional. O desafio de utilizar ambientes que realmente sejam espaços interativos de educação, considerando as suas três dimensões – interatividade, colaboração e autonomia - e que proponha práticas curriculares mais comunicativas, que potencializem autorias individuais e coletivas, ainda é pouco praticado e revela a pouca experiência dos educadores na sua utilização.
É nesse contexto que se estrutura esta proposta de estudo, onde se pretende investigar a presença dessas dimensões no modelo pedagógico de um programa de Aprendizagem a Distância (online), a partir de uma análise do ambiente virtual, utilizado em um determinado curso de formação de professores, e das vivências ocorridas nele. Minha preocupação parte da necessidade de investigar como professores e estudantes estão utilizando as interfaces digitais de comunicação e informação em práticas pedagógicas, e, principalmente, de perceber como o desenho didático dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs – pode potencializar práticas mais interativas.

Justificativa

Atualização permanente é o ponto-chave da sociedade da informação. Nesse contexto destaca-se a importância da emergência de ensino na modalidade não-presencial, mediadas pelas tecnologias, para suprir o número restrito de vagas na rede de ensino, assim como às necessidades individuais e sociais do mundo do trabalho.
O Brasil vive uma intensa busca de alternativas para a formação de professores dos ensinos fundamental e médio. Isso se deve basicamente ao fato de que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estipula a exigência de certificação universitária para os professores. Em decorrência disso, praticamente todas as instituições universitárias passaram a estabelecer programas especiais de formação de professores. Além dessa necessidade de oferecimento de cursos em nível superior, está se intensificando cada vez mais a quantidade de cursos a distância para atualização dos professores em serviço.
Desde 1999, como multiplicadora do Programa de Informática na Educação – PROINFO – do Ministério da Educação e Cultura, atuando no Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE - no município de Itabuna na Bahia, venho observando o desenvolvimento das tecnologias da comunicação e informação na educação, e percebendo suas fragilidades advindas de um contexto sócio-político pedagógico em que se observa a necessidade de um maior investimento das políticas públicas.
Hoje, aumenta ainda mais a minha preocupação em relação as TIC na educação, pois os seus usos por si só não são garantia da melhoria na qualidade do processo ensino-aprendizagem, mas sim da forma como são utilizadas, mais precisamente da concepção de mundo, homem e educação que norteia as práticas pedagógicas. Os NTE, por serem pólos regionais de formação de professores, estão responsáveis pela inserção tecnológica de professores-cursistas da modalidade de educação a distância. Além disso, no final de 2004 conclui um curso de especialização em Planejamento e Gestão de Sistemas de Educação a Distância, oferecido pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB - que faz parte de um programa de formação de professores da Secretaria de Educação do estado da Bahia.
Nesse sentido, como formadora de profissionais da educação e como especialista em planejamento e gestão de sistemas em EAD, justifica a importância de um aprofundamento em conhecimentos para uma nova abordagem das práticas pedagógicas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, enfocando o desenho didático, como forma de emergir/imergir elementos fundantes da educação online: colaboração, interatividade e autonomia, assim como contribuir para o aprimoramento dessa modalidade de educação.

Delimitação dos Problemas

A Educação a Distância não é algo recente. Na verdade, remonta aos tempos mais antigos, portanto sua trajetória precede a utilização do computador na educação: o ensino por correspondência, via rádio e mais tarde a teleducação são exemplos dessa modalidade. Tais experiências, no entanto, partiram da concepção de educação instrucionista, enquanto transmissão de informação e centrada no autodidatismo. Os recursos técnicos eram apenas meios de fazer a informação chegar a um maior número de pessoas.
Assim, um dos grandes problemas desses cursos relacionava-se a falta de interatividade no processo de aprendizagem. Os alunos ficavam impossibilitados de trocar experiências e dúvidas com professores e colegas. Em conseqüência do isolamento, vinha o desestimulo e a desistência.
Hoje, sob o impacto de uma verdadeira revolução tecnológica, com todas as interfaces disponíveis que permitem a interatividade entre os pares, o compartilhamento e a colaboração na elaboração de saberes, ainda assim, há experiências em Educação a Distância na formação de profissionais que, apesar de utilizar ambientes online de aprendizagem, ainda demonstram que a modalidade acontece presa aos conceitos de currículo e aprendizagem que marcaram a pedagogia num determinado momento histórico, valorizado por numa visão instrucionista, esvaziando de sentidos e significados a utilização das tecnologias na educação.
Ciente que a interatividade não está nas máquinas, mas nas relações homem-máquina, nas concepções de mundo, sociedade, educação e homem e que permeiam as práticas pedagógicas, surgem diversas inquietações: é dessa forma vigente que estamos preparando o indivíduo para ter acesso às redes de comunicação, ao conhecimento disponível? Como desenvolver autonomia, colaboração, criticidade e interatividade a partir desses novos suportes?
Na minha caminhada de trabalho com a formação de professores para/com o uso da tecnologia na educação, percebo que já não há mais tempo nem espaços para modelos instrucionistas equivocados, cientificamente defasados, simplificadores e mutiladores dos processos de construção do conhecimento e da própria dinâmica da vida.
Nesse sentido, delimita-se como minha questão compreender, através das falas dos professores-cursistas, até que ponto o Desenho Didático – DD - dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVAs, utilizado para cursos de formação de professores em serviço, pode potencializar práticas pedagógicas mais sintonizadas com os referenciais teórico-metodológicos de educação na contemporaneidade.
Constituem-se como questões norteadoras:
- Qual a concepção teórico-metodológica que norteia o desenho didático e as práticas pedagógicas nos AVAs?
- Quais os potenciais e limitações das interfaces dos AVAs, enfocando a promoção da autonomia, da colaboração e da interatividade?
- Em que medida os princípios e estratégias pedagógicas estão em sintonia com as novas formas de ensinar e aprender?
- Como os docentes-cursistas percebem a ação mediada pelas interfaces pedagógicas e comunicacionais disponibilizadas no ambiente online de aprendizagem?
Essa problemática sinaliza cada vez mais a urgência de se buscar não apenas novas bases epistemológicas que subsidiem uma renovação nas práticas pedagógicas, mas a construção de um pensamento educacional mais atualizado.

Objetivo Geral

-Compreender como o desenho didático do AVA pode potencializar práticas pedagógicas mais sintonizadas com os referenciais teórico-metodológico de educação na contemporaneidade.

Objetivos Específicos

-Identificar e analisar potenciais e limitações das interfaces dos AVAs, a partir dos conceitos de colaboração, autonomia e interatividade.

-Investigar a percepção dos alunos sobre a ação educativa mediada pelas interfaces pedagógicas e comunicacionais disponibilizadas no ambiente online de aprendizagem.

-Identificar quais são os princípios e estratégias pedagógicas que estão em sintonia com as novas formas de ensinar e aprender.

Fundamentação teórica

1.A Educação online frente a ressignificação do paradigma educacional vigente
Lévy, Moraes, Capra, Maturana, Varela, Prigogine, Morin, Pretto

2.A sociedade em rede
Castells, Lévy
2.1.A Cibercultura
André Lemos, Lévy, Franscisco Rudiger
2.2.1. As comunidades virtuais
Howard Rheingold, Paulo Dias

3. A Educação online
3.1. As novas formas de ensinar e aprender na sociedade em rede
3.2. A formação dos professores
3.3. Os ambientes virtuais de aprendizagem
3.4. As interfaces digitais de aprendizagem e a educação online
3.5. As comunidades virtuais de aprendizagem
3.6. Autonomia, colaboração e interatividade
Marco Silva, Alex Primo e Carsol, Edméa Santos, Andréa Ramal, André Lemos, Bonilla, Masetto, Moran, Lúcia Santaella

4.O Desenho Didático e as práticas pedagógicas
Andréa Filatro, Andréa Ramal

Metodologia

Em revisão

Referências Bibliográficas

BARBIER, René. A pesquisa-ação. Trd. Lucie Didio. Brasília: Editora Plano, 2002.
BONILLA, Maria Helena e PICANÇO, Alessandra de A. Construindo novas educações. In: Tecnologias e Novas educações. PRETTO, Nelson de Luca. (org.) Salvador: EDUFBA, 2005.
CAPRA, Frijot. A Teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo; Editora Cultrix, 1996.
FILATRO, Andréa. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
GALEFFI, Dante Augusto. Filosofar & Educar. Salvador: Quarteto, 2003.
GALEFFI, Dante Augusto e SALGADO, Noemi Soares. Fundamentos filosóficos da educação transdisciplinar. (Mimeo)
LÉVY , Pierre. As Tecnologias da Inteligência - O Futuro do pensamento na era da Informática, São Paulo, Ed. 34, 1996.
_, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
LITWIN, Edith (orgs.) Das tradições à virtualidade. In: Educação a Distância: temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed editora, 2001.
LOISELLE, Jean. A exploração da Multimídia e da rede Internet para favorecer a autonomia dos estudantes universitários na aprendizagem. In: ALAVA, Séraphin (org). Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais? Porto Alegre: Artmed 2002.
LUDKE, Menga, ANDRÉ, Marli E. D. A Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MACEDO, Roberto Sidnei. A Etnopesquisa Crítica e Multiprreferencial nas Ciências Humanas e na Educação. Salvador: EDUFBA, 2000.
MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: Novas Tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
MATURANA, Humberto R. e VARELA, Francisco J. A Árvore do conhecimento: as bases biloógicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma Educacional emergente: implicações na formação do professor e nas práticas pedagógicas. In: Aberto, Brasília, ano 16, n. 70, abr/jun. 1996, p. 57-69.
______________________Pensamento eco-sistêmico: educação,aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
MORAN, José Manuel. Contribuições para uma pedagogia da educação online. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
MORAN, José Manuel. Contribuições para uma pedagogia da educação online. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. _________. O Método 2. A vida da vida. Porto Alegre: Sulina, 2001.
PRATT, K. E PALLOFF, R. Construindo Comunidades de aprendizagem no Ciberespaço: Estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed, 2002.
___________________. O Aluno Virtual: um guia para trabalhar com estudantes online. Porto Alegre: ArtMed? , 2004.
PRETTO, Nelson. Desafios para a educação na era da informação: o presencial, a distância, as mesmas políticas e o de sempre. In: BARRETO, Raquel (org). Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de janeiro: Ed. Quartet, 2ª ed. 2003.
RAMAL, Andréa Cecília. Educação com tecnologias digitais: uma revolução epistemológica em mãos do desenho instrucional. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
SANTAELLA, Lúcia. Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Palus, 2004.
SANTOS, Akiko. Didática sob a ótica do pensamento complexo. Porto alegre: Sulina, 2003.
SANTOS, Edméa Oliveira. Articulação de saberes na EAD online: por uma rede interdisciplinar e interativa de conhecimentos em ambientes virtuais de aprendizagem. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 217-230.
__________________. Educação online: Cibercultura e Pesquisa-formação na prática docente. Tese de Doutorado. Salvador, BA: FACED/UFBA, 2005.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa, 2ª ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.
________. Criar e professorar um curso online: relato de experiência. In: SILVA, Marco (org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003.

REFERÊNCIAS NORMATIVAS DA EAD

Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998: regulamenta o art. 80 da LDB (lei 9.394/96).
Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005.

 
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