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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Divergências no tratamento para usuários afasta psiquiatra de CAPS, em SP

por Paula Boaventura em

Pressão exercida pela prefeitura paulistana nos trabalhos coordenados pelo psiquiatra Raul Gorayeb, no CAPS infantil localizado no bairro da Sé (SP), culminou no afastamento do médico da direção do referido centro, no mês de abril, segundo reportagem do G1. O motivo, segundo o psiquiatra informou em entrevista ao G1, deveu-se à sua recusa em internar crianças e adolescentes em situação de rua e usuárias de drogas, que eram retiradas do espaço público por profissionais de segurança pública, durante operação do programa municipal Centro Legal, lançado em julho do ano passado.

"A grande maioria das pessoas que usam drogas, sejam lícitas ou ilícitas, não tem problemas de saúde e nem precisa se tratar por causa disso. Há equivoco, às vezes, da autoridade de saúde e até de alguns profissionais. Então o que essa diretriz da política pública atual fez? Convocou a Guarda Civil para passar e recolher as pessoas que encontravam e quem se deixava apanhar era levada para o Caps.(...) E queria que a gente concordasse em internar em hospital psiquiátrico que eles fizeram convênio.", afirmou Gorayeb.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o encaminhamento de menores em situação de rua a serviços públicos de saúde, deve ser feito por um Conselho Tutelar. Quanto à atenção a usuários de substâncias psicoativas, de acordo com a Política Nacional de Saúde Mental, o atendimento é feito por centros de atenção psicossocial, especializado em álcool e drogas ou não, seguindo a lógica de "atenção à saúde mental aberta e de base comunitária".

Leia a reportagem do G1.

fonte: CETAD Observa

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