CETAD, SESAB e Justiça discutem propostas para rede estadual

Os desafios para a construção de uma rede baiana de atenção e tratamento a usuários de álcool e outras drogas foram discutidos nesta quarta (08), pelos técnicos e representantes das secretarias da Saúde (SESAB) e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), além do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD/UFBA).

A reunião aconteceu no CETAD, onde foram realizadas duas oficinas para levantamento de propostas para duas das principais dificuldades identificadas pelos profissionais e gestores: a falta de serviços de saúde específicos para usuários de substâncias psicoativas de toda a Bahia, assim como de profissionais preparados para atender a este público.

O encontro, que também acontecerá na próxima quarta (15), é uma iniciativa do CETAD e das secretarias estaduais de Saúde e Justiça, com o objetivo de identificar as reais necessidades dos municípios baianos para a melhoria da rede de atenção à usuários de álcool e outras drogas do estado.

Nesta manhã, foram discutidos problemas como a falta de infra-estrutura dos municípios para implantação de serviços de atenção básica - como os centros de atenção psicossocial para usuários de álcool e outras drogas (CAPS ad)-, e para formação de quadro de profissionais que atuem nestes serviços, além das dificuldades enfrentadas na utilização de leitos hospitalares para toxicodependentes.

De acordo com Iordan Gurgel, coordenador da área técnica de Saúde Mental da SESAB, as propostas serão encaminhadas aos secretários de governo para que sejam efetivadas, sobretudo com os recursos que serão destinados pelo governo federal para a construção e fortalecimento de equipamentos de saúde em todo país, especialmente de CAPS ad, conforme programado pelo Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.

Outra questão discutida foi o lugar que as comunidades terapêuticas ocupam na rede de atenção, o que também deverá ser debatido na próxima segunda (13), durante o segundo encontro do Fórum de Comunidades Terapêuticas, organizado pelo Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN).