-- SantosJaque - 12 Apr 2012 OBJETIVO DA PESQUISA

Busco nesta pesquisa aprofundar a análise das diretrizes e formas de operacionalização do PEA(Programa Escola Ativa),assim como analisar a formação inicial e continuada dos professores do campo no que diz respeito ao acesso e uso das tecnologias digitais e nos processos formativos neste âmbito. Para apontar os limites e potencialidades da inserão das TIC nesta dinâmica.

ANÁLISE DO PROJETO BASE(Levantamento de dados e aprofundamento teórico)

A Educação no,do e para o Campo.

“A Educação do Campo vem apresentando historicamente desigualdades sociais, o que se constitui em um entrave para os povos do campo tenham acesso a educação pública de qualidade.” A Educação do campo é entendida como forma de ação político-social, em oposição a tradicional educação rural, transposição empobrecida da educação construída com base no modelo urbano de escola. Para construir uma educação que considere as especificidades do campo, é necessário colocar em questão idéias e conceitos tradicionalmente estabelecidos na sociedade e,desenvolver novos conceitos,no sentido de contribuir para reverter as desigualdades entre campo e cidade.

ANÁLISE DO PROJETO BASE

O modelo da Escola Nova chegou ao Brasil na década de 20, influenciando um importante movimento social e político no âmbito da educação. O Escolanovismo influenciou as leis educacionais das décadas seguintes criticando o sistema tradicional, que precisava ser democratizado em termos de acesso e ser modificado em termos de método, sendo assim na década de 70 orientou na Colômbia a proposta formulada do PEN (Programa Escuela Nueva) criado para atender as classes multisseriadas. O PEN passou a ser conhecido por técnicos de educação brasileiros, os dirigentes do Projeto Nordeste/MEC, após o convite do BM (Banco Mundial) para participarem de um curso da estratégia “Escuela Nueva-Escuela Activa”, começou a ser implementado no Brasil em 1997 como PEA (Programa Escola Ativa) e desde então cresce financiado por sucessivas renovações de convênios do Ministério da Educação, em 1997 com assistência técnica e financeira do Projeto Nordeste/MEC,em 1998 passou a fazer parte das ações do Programa FUNDESCOLA(Programa Fundo de Fortalecimento da Escola).A partir de 2007 ocorre a transferência do FNDE/FUNDESCOLA para a SECAD(Secretaria de Educação Continuada,Alfabetização e Diversidade) e a sua gestão fica a cargo da Coordenação-Geral de Educação do Campo como parte das ações do MEC.

METODOLOGIA DO PROGRAMA

A opção do programa é por uma metodologia problematizadora,capaz de definir o educador como condutor do estudo da realidade,por meio do percurso das etapas:Levantamento do problema da realidade,problematização em sala de aula,a partir dos fundamentos filosóficos, antropológicos, sociais, políticos, psicológicos, culturais,econômicos e articulação com os conteúdos.

FINALIDADES DO PEA

O Programa foi criado para auxiliar o trabalho do educador com classes multisseriada, e para isto propõe estratégias que relacionadas entre si, por meio de atividades práticas, dãovida ao currículo. "o PEA se propõe a valorizar o profissional da educação escol ar,através da busca de melhores condições adequadas a formação em caráter inicial continuado remuneração,acompanhamento pedagógico,possibilidades de intercâmbio e formas de aprendizagem em serviço,estudo da diversidade e dos processos de interação e de transformação do campo”.Tendo como objetivo melhorar a qualidade do desempenho escolar nas classes multisseriada do campo.E como objetivos específicos,apoiar os sistemas estaduais e municipais de ensino na melhoria da educação nas escolas do campo com classes multisseriada disponibilizando diversos recursos pedagógicos e de gestão,fortalecer o desenvolvimento das propostas pedagógicas e metodologias adequadas as classes multisseriada,realizar formação continuada dos educadores envolvidos no PEA com base em princípios político-pedagógicas voltadas às especificidades e proposta pedagógicas do campo.

COMO OCORRE A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NO PROGRAMA ESCOLA ATIVA?

De acordo com o projeto base a responsabilidade pela formação dos professores será compartilhada entre os entes federados. Caberá a União articular o conjunto de Universidades que desenvolvem programas de formação de professores para as escolas do campo,repassando para esta recursos necessários à realização de cursos de aperfeiçoamento com carga horária de 240h,para um técnico a cada 25 escolas de cada secretaria municipal ou estadual que aderi ao Programa e proporcionar a formação de dois professores das Instituições Públicas de Ensino Superior(IPES) que assumirem a responsabilidade pela coordenação das formações,nos estados,e dois técnicos das secretarias estaduais de educação de todos os estados brasileiros e do distrito federal,bem como construir um sistema nacional de monitoramento do PEA,com o objetivo de obter dados para avaliação de resultados,redimensionamento das metas e realização de mudanças necessárias na estrutura e na proposta pedagógica do programa.

Ao Estado cabe planejar as formações em conjunto com as universidades,a mobilização dos municípios visando garantir a participação de técnicos na formação e monitoramento da execução do programa,tanto na esfera estadual quanto municipal.

O Município,por sua vez,deverá organizar e manter os microcentros,garantindo a formação continuada dos educadores,garantir o deslocamento e presença dos técnicos nas atividades de formação e criar formas de acompanhamento, monitoramento e avaliação do Programa no âmbito local.

Para assumir a formação dos professores multiplicadores, será selecionado pela IPES a cada módulo de formação, um professor para cada 50 cursistas, que se responsabilizará pela conduta de todo o módulo.O curso de formação desses professores multiplicadores ocorre em cada estado e no distrito federal,sendo que deve ter carga horária de 240 horas,dividido em 6 módulos de 40 horas.Sendo que deve ser feito um planejamento da formação de cada módulo antes do início dos mesmos,realizar a formação dos educadores imediatamente após a formação dos professores multiplicadores,em cada módulo; A partir do segundo módulo o professor multiplicador deve apresentar o relatório da formação dos educadores das escolas inseridas no programa; Os módulos são divididos em:I Metodologia do PEA,II Alfabetização e Letramento,III Introdução à Educação do Campo,IV Práticas Pedagógicas em Educação do Campo,V Gestão Educacional no Campo,VI A tecnologia na Educação do Campo.(Este último que a partir de agora vou analisar,as concepções em relação as TICS.

Disponivel em: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&sqi=2&ved=0CFUQFjAE&url=http%3A%2F%2Frede.educampo.ufsc.br%2Fmod%2Ffile%2Fdownload.php%3Ffile_guid%3D1361&ei=jXegT8nPDaP40gHgptSXAg&usg=AFQjCNEZxbm_3ZpPTGPRv4E4eEys9vvG4w&sig2=IVfPuXRY0VLJGIqQzEJTYQ]

MODULO VI TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Analise do módulo:Escola @tiva

Disponivel em: http://pt.scribd.com/LilianeCefaproRoo/d/53528552-Material-de-Apoio-Formacao-Modulo-VI-ESCOLA-ATIVA-MEC

O modulo foi desenvolvido como subsidio à utilização das TIC nas escolas multisseriadas que desenvolvem a proposta da Escola Ativa e que receberam computadores e outros recursos tecnológicos do Programa Nacional de Tecnologia Educacional-ProInfo,esses computadores contém o Linux Educacional que disponibiliza vários recursos. .São apresentadas algumas propostas de atividade para utilização pedagógica de recursos tecnológicos e conteúdos educacionais disponíveis nos computadores ou no DVD. Busca enriquecer ou complementar o assunto ou tema estudado, sendo assim o módulo é dividido em áreas do conhecimento Alfabetização, Matemática, História, Geografia, percebo que os recursos são usados como apoio pedagógico não está presente a produção de conteúdos, colaboração, da autoria, e co-autoria dos sujeitos. Segundo PRETTO “É necessário ultrapassar a ideia de uso das TIC como ferramenta de capacitação para o mercado de trabalho, através de cursos técnicas para população de baixa renda, ou então como meras ferramentas didáticas para continuar ensinando os mesmos conteúdos na escola” A questão do uso pedagógico está limitada aos conteúdos curriculares, na perspectiva de uso da tecnologia como ferramenta, como um recurso a mais, onde “a cultura digital não é considerada como parte integrante dos processos pedagógicos e das aprendizagens dos alunos. Continua a desarticulação entre escola e sociedade e a supervalorização da perspectiva conteudista da escola”.

Buscando mais detalhes sobre o ProInfo Escola @tiva encontrei na WEB mensagem que o MEC envio para os supervisores:

Com o objetivo de assegurar êxito no processo de implantação e execução do Programa Escola Ativa e, para tanto, tem agregado ao programa um conjunto de ações que aliadas à metodologia oferecerá maiores oportunidades de sucesso na aprendizagem dos alunos das classes multisseriadas. Dentre as ações que estão sendo desenvolvidas destacamos o PROINFO ESCOLA @TIVA, cuja finalidade consiste no uso das novas tecnologias na sala de aula. Para isso, o MEC distribuirá entre as escolas que aderiram ao Programa, um Kit Tecnológico (5 computadores e 1 impressora) que proporcionará aos alunos o acesso e o uso pedagógico dessas tecnologias. Neste contexto, solicitamos aos Senhores o empenho no preenchimento do quadro anexo, com informações precisas e fidedignas, afim de que possamos destinar os equipamentos em tempo hábil e de forma correta. Os critérios adotados para definição das escolas a serem contempladas, são básicos e necessários para a utilização, segurança e manutenção dos equipamentos, sendo eles:

1. Escolas multisseriadas que aderiram ao Programa Escola Ativa, via SIMEC, em 2009; 2. Escolas com energia elétrica; 3. Prédio com segurança para instalação do kit tecnológico; 4. Escolas com matrícula superior a 20 alunos.

Continua a Analise de vídeos da formação disponiveis na rede.

http://www.youtube.com/watch?v=_KSkgQQqsqE

PRONACAMPO(Programa Nacional de Educação do Campo) Ocorreu no dia 20 de março de 2012 o lançamento deste programa em Brasília no Palácio do Planalto

Segundo site do MEC este programa vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios para implementação da política de educação do campo.

No Brasil existem 76 mil escolas rurais, com mais de 6,2 milhões de matrículas e 342 mil professores. O Pronacampo vai estabelecer um conjunto de ações articuladas que atenderá escolas do campo e quilombolas em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica.

Aos professores serão oferecidos cursos de licenciatura para formação de professores e cursos de aperfeiçoamento. Na área rural, 46,8% dos professores não tem licenciatura. Serão estabelecidos 200 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para auxiliar na formação desses professores. O Programa Escola Ativa passará a se chamar Escola da Terra. Disponivel em: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=3358

RASCUNHO DIGITAL CELI TAFFAREL FALA SOBRE PRONACAMPO

Entre as críticas mencionadas pela autora destaco a questão da formação dos professores "As metas são audaciosas e prevêem uso intensivo de tecnologia, como, por exemplo, a tecnologia para formação de professores a distância, o que é critico pelos movimentos de luta social no campo e por setores responsáveis nas universidades" O que mostra a necessecidade das TIC na formação dos professores do campo,como garantir uma formação a distância a professores que não estão familiarizados com a linguagem e conceitos que envolvem as Tecnologias de Informação e Comunicação? Não se trata de saber usar como ferramenta,mas sim de inserir no ciberespaço,de ser produtor,autor e co-autor de conhecimentos.

Disponivel em: http://www.rascunhodigital.faced.ufba.br/ver.php?idtexto=901

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