Informativo da Escola de Medicina Veterinária/UFBA - Informev OnLine

EMEV

Edição Nº01 - Setembro / 07

NOTÍCIAS

NOTA

Em conseqüência à greve dos servidores técnico-administrativos da UFBA, estivemos fora do ar durante os meses de junho, julho e agosto do corrente ano.

TALENTO PROMISSOR

No dia 15 de maio passado - no auditório da EMEV - a mestranda em Ciência Animal nos Trópicos, Sanderly Souza Mascarenhas, fez defesa de dissertação, com grande louvor, intitulada "Morfologia do Sistema reprodutivo feminino de arara-canindé (Ara ararauna)".

Na banca examinadora os professores Marcos Chalhoub Coelho Lima (UFBA), Marta Adami (UFBA), e Moacir Franco de Oliveira (UFERSA - Mossoró-RN).

BEM-VINDO

O zootecnista baiano Américo Fróes, mestre e doutor, formado em Viçosa-MG, realizará pesquisa na EMEV por 01 ano com ênfase na utilização de subprodutos regionais na alimentação animal, avaliando-se à reprodução e produção animais. O projeto intitulado "Níveis crescentes de óleo de Licuri no suplemento concentrado sobre o desempenho e a qualidade do leite de vacas em pastejo" conta com o financiamento do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq.

DIGO E LOLA

Uma terapia inédita desenvolvida pelos pesquisadores Stela Maria Barrouin Melo e Paulo Henrique Aguiar, coordenadores do grupo em pesquisa em Biotecnologia Aplicada à Terapêutica Veterinária da Escola de Medicina Veterinária da UFBA, e em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz, representada por Milena Botelho Soares e Ricardo Ribeiro dos Santos, conseguiu devolver os movimentos para dois gatos paraplégicos (Digo e Lola), com resultados surpreendentes. O trabalho recentemente divulgado na mídia escrita e televisiva nacional é inédito no Brasil e, no planeta, é a segunda referência conhecida na utilização de células-tronco em lesões de animais. A primeira é o tratamento de contusões em patas de cavalos de competição nos EUA. A pesquisa em terapia celular na EMEV começou há cerca de quatro anos quando foram extraídas células-tronco de sete cães e três gatos. A próxima etapa dos trabalhos será o tratamento de animais cardiopatas.

NOVO EDITOR

O professor Ronaldo Lopes Oliveira, é o novo editor da Revista Brasileira de Saúde e Produção Animais. Site da revista: www.rbspa.ufba.br

ATUAIS CONVÊNIOS DO CPD

ADAB - Agência de Defesa Agropecuária da Bahia - mantendo estreita relação para o controle de Doenças infecto-contagiosas de notificação obrigatória ajudando a manter a sanidade do rebanho bovino em todo o estado. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Convênio assinado em 2006, com o objetivo de contribuir para a implantação de políticas públicas de prevenção e controle em enfermidades de pequenos ruminantes. CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, para viabilizar a realização de estudos clínicos, epidemiológicos e sorológicos no semi-árido baiano.

NOVAS AQUISIÇÕES DA BIBLIOTECA DA EMEV

SILVA, Penildon. Farmacologia. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006

HIRSH, Dwight C; ZEE, Y.C. Microbiologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003

MIKAIL, Solange; Pedro, Cláudio Ronaldo. Fisioterapia veterinária. São Paulo: Manole, 2006

ANDRIGUETTO, José Milton. Nutrição animal. São Paulo: Nobel. 1981

PROCEDIMENTOS laboratoriais para técnicos veterinários. São Paulo: Roca. 2006

TIZARD, Iab R. Imunologia veterinária: 6 ed. São Paulo: Roca. 2002 DUKES, Henry Hugh; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2006 FUNDAMENTOS de aqüicultura. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2004 THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos, 4 ed. São Paulo:Varela. 2005 PAIVA, Maria José Saraiva Ranzini; TAKEMOTO, Ricardo Massato; LIZAMA, Maria de los Angeles Perez. Sanidade de organismos aquáticos. São Paulo: Varela, 2004 NELSON, Richard William; Couto, C. Guilhermo. Medicina interna de pequenos animais. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2006 PADDLEFORD, Robert R. Manual de anestesia em pequenos animais. 2 ed. São Paulo: Roca, 2001 ANDRIGUETTO, José Milton. Nutrição animal. São Paulo: Nobel. 1981 RIBEIRO, Silvio Dória de Almeida. Caprinocultura. São Paulo: Nobel. 1998 MASSONE, Flávio. Anestesiologia veterinária: São Paulo: Roca. 2005 FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Produção de plâncton, fitoplancton e zooplancton para alimentação de organismos aquáticos. São Carlos, SP. São Paulo: FAPESP. 2003 Informações: Sueli e Sílvia - bibliotecárias da EMEV

PENSAMENTO

Ilumine com sua luz as trevas que o circundam. Pastorino

DRAGÃO VIRGEM DÁ À LUZ

No início de agosto passado um dragão de Cômodo fêmea - os maiores lagartos do mundo - que nunca se acasalou ou mesmo conviveu com um macho, tornou-se mãe, 'e pai', de cinco filhos. Os pesquisadores anunciaram que Flora havia fertilizado seus ovos sozinha, em um processo conhecido como 'nascimento virgem' ou partenogênese. "Quando o primeiro dos bebês saiu do ovo, não sabíamos se deveríamos dar flores para ela ou um charuto", afirmou o britânico Kevin Buley, chefe dos pesquisadores e curador do Chester Zôo, na Inglaterra, onde vivem o animal e seus filhotes. Mãe - pai - e sua cria, passam bem e estão sendo mantidos em uma área especial do zoológico, com uma dieta especial à base de grilos e gafanhotos. Fonte: Web (bol)

MAQUINA DO TEMPO

A primeira monografia apresentada na EMEV, em 1989, foi intitulada de "Tratamento de Habronemose Cutânea em eqüinos". A autora, Claudia Leal Lopes, teve como orientando o professor Paulo Ferreira de Matos.

NA WEB

A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil já tem endereço eletrônico: proae@ufba.br FIPSE/Capes Começaram em maio passado as inscrições para o intercâmbio/2008 Brasil-EUA visando à seleção de estudantes brasileiros. O Programa de quatro meses tem como objetivo estabelecer uma comunidade de aprendizado interdisciplinar para o estudo em saúde, meio ambiente e rebanhos, contando com a participação de instituições americanas como Louisiana State University, Southem University e University of Minnesota. As inscrições para os estudantes de veterinária da UFBA podem ser feitas no Laboratório de Monitorameento de Doenças pelo Sistema de Informações Geográficas, no Hospital Veterinário da EMEV.

EVENTOS

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UNIDADES DE EXTENSÃO

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PENSAMENTOS DO MÊS

Uma pessoa sem amor, é obscura por dentro! (Bento XVI)

Quanto menos um homem pensa, tanto mais ele fala! ( Montesquieu )

ÁREA DO ALUNO

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ESPAÇO LIVRE

Entrevista com a professora da EMEV, Lia Fernandes, coordenadora do Laboratório de Sanidade Avícola da Bahia - LASAB - sobre gripe aviária.

>> MEV INFORMA: Embora a Bahia continue imune, segundo exames realizados a partir da coleta de materiais em aves encontradas nos municípios tidos como sítios migratórios, ou sítio de recepção, como Vera Cruz, Mangue Seco, entre outros, o estado, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), aderiu no início do ano ao Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de New Castle, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A senhora poderia fazer um comentário sobre essa medida tomada pelas autoridades sanitárias baianas?
LIA FERNANDES: A adesão da Bahia ao Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é mais uma das medidas importantes que vêm sendo tomadas visando impedir a entrada dessas enfermidades em nosso estado. A Bahia possui equipes treinadas para atuar em situações de emergência, mas a autonomia em relação à restrição de trânsito e interdição de veiculadores e propriedades depende da participação no Plano Nacional. A avicultura baiana teve um crescimento muito superior à média nacional e, paralelamente a esse crescimento, estratégias de prevenção e controle de enfermidades aviárias estão sendo desenvolvidas. O exemplo da Bahia deve ser seguido por outros estados que tenham interesse no processo de Regionalização da Avicultura Brasileira. A Regionalização tem sido discutida há mais de um ano, e sua aprovação pode garantir estabilidade para a atividade avícola nos estados que trabalham com seriedade e competência para manter seus plantéis livres dessas doenças. >> MEV INFORMA: Há meios eficazes para uma prevenção segura no Brasil?
LIA FERNANDES : Apesar das semelhanças com relação às medidas de controle em caso

de surto em aves domésticas, é importante ressaltar que a Influenza Aviária é uma

doença exótica no Brasil. Dessa maneira, o enfoque primário é o da prevenção, baseado

no monitoramento de aves migratórias e domésticas nos sítios de recepção. É

fundamental também que a população que reside nestes pontos esteja bem informada

com relação à doença. Com relação ao controle, as equipes de emergências treinadas

têm condições de atuar rapidamente, mas, a notificação da suspeita que pode ser feita por

qualquer cidadão é imprescindível para que a atuação da defesa seja rápida e tenha

sucesso. No caso específico da Doença de Newcastle, a Bahia tem participado das

rodadas de monitoramento dos plantéis avícolas comerciais, e os resultados indicam

que as estratégias adotadas para prevenção estão surtindo efeito. >> MEV INFORMA: Como proceder, caso seja encontrado algum foco da doença em

nosso estado? LIA FERNANDES: Assim, é importante que todo cidadão, em especial os moradores da

zona rural, tenha conhecimento dos sinais clínicos destas doenças e, em caso de

suspeita de foco, notifiquem imediatamente a ADAB, através do número 0800-710309. >> MEV INFORMA: A criação de fundo de quintal estaria ameaçada, com a chegada da

gripe aviária no Nordeste. LIA FERNANDES: A avicultura familiar vem sendo fomentada por programas de combate à

pobreza, tanto do governo federal como de governos estaduais. Existe a preocupação

com relação à condição sanitária destas criações, uma vez que medidas básicas de

prevenção de muitas doenças são desconhecidas do pequeno criador. Neste sentido, o

trabalho educativo assume uma importância fundamental. A Escola de Medicina

Veterinária da UFBA vem atuando neste sentido em parceria com a ADAB por meio do

Grupo de Educação em Sanidade Avícola que, em novembro passado, comemorou dois

anos de existência. As atividades do grupo composto por alunos do curso de Medicina

Veterinária da UFBA, são desenvolvidas em comunidades rurais, e, a proposta é que por

meio de recursos que possibilitem essa interação entre estudantes e produtores

existam trocas de informações e discussões sobre as medidas mais adequadas para

evitar que suas aves fiquem doentes. Esses recursos incluem material de exposição

itinerante com fotos das aves doentes, cartilha, e até uma pequena peça de teatro. >> MEV INFORMA: A existência de algum foco ameaçaria os novos criatórios comerciais,

como a criação recente na Bahia de avestruzes e emas? LIA FERNANDES: Tanto as avestruzes quanto as emas são susceptíveis a essas

enfermidades. Desta maneira, os criatórios comerciais destas espécies, devem adotar

as medidas de biossegurança recomendadas pelo Ministério da Agricultura.

HISTÓRICO

A Escola de Medicina Veterinária da UFBA nasceu de uma reunião realizada no mês de outubro de 1941 na recém-criada Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia, entre os veterinários Aloysio Lobato Valle, Gilberto S. Alvin, José L. de Medeiros, do Ministério da Agricultura; Manoel Ignácio da S. Filho, Manoel dos Reis Filho, da Prefeitura Municipal de Salvador, e o representante do Exército Brasileiro, Wolney Barros de Castro, quando decidiram formar uma comissão visando à fundação de um instituto ou escola para o ensino da medicina veterinária, cuja criação atenderia a um dos antigos anseios da comunidade baiana, quanto à existência de um espaço destinado ao ensino e pesquisa em nosso meio, dessa importante área ligada às ciências da saúde. Sem perda de tempo, a comissão atuou de maneira efetiva no sentido de promover a fundação de uma escola de Medicina Veterinária em Salvador, incentivando o Governo do Estado da Bahia a tomar uma atitude, através do Sr. Carlos de Campos Porto, Secretário da Agricultura, que, sensível aos apelos do grupo, deu início aos trabalhos para estudos e implantação pela Secretaria da Indústria e Comércio do Estado da Bahia. A investida deu resultados, porque, no ano seguinte, o então Interventor Federal na Bahia, general Renato Onofre de Pinto Aleixo, ao reestruturar a Secretaria da Agricultura Indústria e Comércio, instituiu também à fundação de uma Escola de Agronomia e Veterinária, determinando que a mesma fosse órgão integrante da referida Secretaria. No entanto, somente cinco anos depois, tudo começou a se tornar realidade, quando o então Secretário de Agricultura, Indústria e Comércio, o renomado agrônomo Antonio Nonato Marques, recebeu do professor Fúlvio José Alice importante parecer sobre a urgência da criação de uma escola de veterinária na antiga capital do Brasil, terra mater da cultura nacional. Em 15 de maio de 1951, o governador da Bahia, Luiz Regis Pacheco Pereira, motivado pelo documento do veterinário Fúlvio Alice, mandou encaminhar a minuta de um anteprojeto de Lei, aos deputados da Assembléia Legislativa. Depois de analisado e aprovado o texto ganha o seu caráter jurídico ao promulgaram a Lei 423, de 20 de outubro de 1951, criando a Escola de Medicina Veterinária da Bahia, vinculada à Secretaria da Agricultura Industria e Comércio do Estado da Bahia. No citado texto oficial, além de uma séria exposição de motivos, estavam denominadas as alarmantes deficiências que afetavam o setor da pecuária, enfatizando a carência inadiável da melhoria das raças bovinas, além da proteção sanitária aos rebanhos baianos, lamentando também a falta de estudos voltados para o tema. No mesmo documento, foram propostas várias medidas que continham várias normas e visavam, sobretudo, o desenvolvimento da medicina veterinária na Bahia e, sem às quais, o estado ficaria exposto às enfermidades, comprometendo à saúde pública, com a falta de inspeção aos produtos de origem animal e da vigilância sobre as doenças animais transmissíveis ao homem, trazendo grandes perdas para a nossa economia. Satisfeito com a aprovação, e na mesma data, o governador mandou colocar à pedra fundamental do futuro prédio da EMEV. O próximo passo foi à nomeação do veterinário Mauro Ferreira de Camargo para ser o seu primeiro diretor através do Decreto assinado pelo governador Regis Pacheco, em 12 de janeiro de 1952. Após cinco meses depois de criado, o Curso de Medicina Veterinária foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 90.914, de 28 de maio de 1952, para posterior avaliação e reconhecimento. Para o primeiro vestibular, realizado no dia 29 de maio de 1952, inscreveram-se 30 candidatos para as 30 vagas estabelecidas, só obtendo aprovação 22, sendo as demais vagas preenchidas por agrônomos ou estudantes de Agronomia de acordo com a legislação vigente. A aula inaugural foi ministrada no dia 20 de junho de 1952, pelo Dr. Antonio Nonato Marques, no Pavilhão de Peixes do antigo ‘Parque de Exposições Garcia D’Avila’, no bairro de Ondina, hoje em dia abrigando alguns setores técnicos da UFBA. Um ano depois, em outubro de 1953, suas aulas foram transferidas para os dois primeiros blocos já concluídos da edificação atual. Em todo o caso, no dia 15 de março de 1955, a EMEV foi entregue à comunidade baiana, sendo o seu prédio em estilo moderno, lembrando antigas fazendas gaúchas ou mineiras do século XIX, constituído de quatro blocos de um (01) pavimento, coincidindo sua inauguração com a aula inaugural do seu terceiro ano letivo proferida pelo veterinário Renato de Medeiros Netto, que hoje em dia empresta o nome ao Hospital de Medicina Veterinária, uma das unidades de extensão da Escola. Doze anos após a sua fundação, dá-se a Federalização, em 11 de outubro de 1967, incorporando-se então à UFBA pelo decreto-lei 250, de 28 de fevereiro de 1967, passando a Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia. Fonte: Livro ‘A História da Escola de Medicina Veterinária da UFBA’, de autoria do Prof. Geraldo C. de Vinhaes Torres.

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