Semana C&T :: <span class="WYSIWYG_PROTECTED">Conhecendo a Economia Solidaria</span>

Metareciclagem: Uma Idéia Inteligente

O que é Economia Solidária?

Economia Solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital. De base associativista e cooperativista, voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços, de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica,sem explorar ninguém, sem querer levar vantagem, sem destruir o meio ambiente, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista. Também é entendida como um estratégica de enfrentamento da exclusão social e da precarização do trabalho, sustentada em formas coletivas, justas e solidárias de geração de trabalho e renda respeitando a natureza.

De onde vem essa ideia?

Essa idéia tem raízes profundas na prática de principios como igualdade, cooperação e democracia.

A economia solidária se origina na Primeira Revolução Industrial, como reação dos artesãos expulsos dos mercados pelo advento da máquina a vapor. Na passagem do século XVIII ao Século XIX, surgem na Grã-Bretanha as primeiras Uniões de Ofícios (Trade Unions) e as primeiras cooperativas. Com a fundacão da cooperativa de consumo dos Pioneiros Equitativos de Rochdale ( 1844) o cooperativismo de consumo se consolida em grandes empreendimentos e se espalha pela Europa, primeiro e depois pelos demais continentes. Hoje a Economia Solidária é uma realidade presente, que abre perspectivas de um futuro diferente, infinitamente melhor para todos.

Como é na pratica?

A Economia Solidária não é um sonho distante. Ela já está acontecendo e crescendo rapidamente, se espalhando pelo mundo inteiro e em milhares de empreendimentos econômicos: associações, cooperativas, clubes de trocas, redes, complexos cooperativos e outros empreendimentos que seguem os valores de autogestão, democracia, cooperação, solidáriedade, respeito a natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano.São milhares de empreendimentos como esses, produzindo, vendendo, comprando solidariamente, gerando trabalho e renda.


Como participar?

Qual a relação entre a Economia Solidária e a Metareciclagem?

A metareciclagem que busca o reaproveitamento de materias buscando a preservação do meio ambiente e dessa forma propõe uma nova fonte de renda, a qual não segue a lógica do capitalismo, mais sim a valorização das pessoais como a Economia Solidária. Para provar essa análise podemos citar O Projeto Onda Solidária de Inclusão Digital que uni essas duais práticas com o objetivo de contribuir para a inclusão digital de pessoas do bairro de Pirajá na cidade de Salvador-BA, através da utilização de tecnologias livres de informação, comunicação, dos princípios da metareciclagem e da economia solidária, com a implantação do Tabuleiro Digital. É importante ressaltar que esse projeto ainda está em andamento e vem atingindo grande resultados.

Outro bom exemplo e O Projeto Casa Brasil Ceará, tendo a Economia solidária e o Software livre como eixos para a construção do conhecimento livre e da cidadania que lançou, na V Feirão de Sócio-economia Solidária do Ceará, o "projeto PC metaReciclado" que entregou um computador à rede cearense de economia solidária foi também, momento do lançamento da cartilha PC metareciclado e da Usina de economia solidária nas unidades casa Brasil do Ceará. Esse projeto do Governo Federal vem atuando com a Econimia Solidária e com a Metareciclagem de forma harmoniosa e também vem atingindo bons resultados.

Texto para ajudar a nossa contrução:

A economia solidária é um modo específico de organização de atividades econômicas. Ela se caracteriza pela autogestão, ou seja, pela autonomia de cada unidade ou empreendimento e pela igualdade entre os seus membros. Exemplos de Empreendimentos Solidários Produtivos: associações ou cooperativas agropecuárias, industriais, de transporte, de educação escolar, de hotelaria, ecovilas entre outros.

A administração de um empreendimento é coletiva e democrática. Todas as decisões mais importantes são tomadas em assembléias de sócios, em que vigora o princípio "cada cabeça um voto". Se dirigentes são necessários eles são eleitos pelos sócios e podem ter seu mandato revogado por eles, no caso do desempenho do dirigente for considerado não-aceitável por uma maioria dos membros.

A Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado " Terceiro Setor" que substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos. A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.

O movimento de Economia Solidária tem crescido de maneira muito rápida, não apenas na Europa e no Brasil mas também em diversos outros países. O seu crescimento se deve a inúmeros fatores, dos quais vale destacar os seguintes:

  1. Resistência de trabalhadores à crescente exclusão, desemprego urbano e desocupação rural resultantes da expansão agressiva de uma globalização que torna mais e mais pessoas totalmente descartáveis para o funcionamento da máquina de produção e consumo. Tal resistência se manifesta primeiramente como luta pela sobrevivência, na conformação de um mercado informal crescente, onde brotam iniciativas de economia popular, tais como: camelôs, flanelinhas, ambulantes, e tantos outros empreendimentos normalmente voltados à reprodução da vida e de caráter individual ou familiar.

  2. No Brasil, o crescimento da Economia Solidária enquanto movimento - ultrapassando a dimensão de iniciativas isoladas e fragmentadas no que diz respeito a sua inserção nas cadeias produtivas e nas articulações do seu entorno, cada vez mais se orientando rumo a uma articulação nacional, configuração de redes locais e uma plataforma comum, dá um salto considerável a partir das várias edições do Fórum Social Mundial, espaço privilegiado onde diferentes atores, entidades, iniciativas e empreendimentos puderam construir uma integração que desembocou na demanda ao recém eleito presidente Lula pela criação de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES). Simultaneamente à criação desta Secretaria, foi criado, na III Plenária Nacional de Economia Solidária, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), representando este movimento no país.