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Revision 306 Jun 2007 - DoriedsonAlmeida

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  TECNOLOGIAS E COTIDIANO: ESTRATÉGIAS CONTRA-HEGEMÔNICAS.
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INTRODUÇÃO breve ensaio Em aberto
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 RESUMO

O texto pretende apresentar reflexões sobre as possibilidades contra-hegemônicas do uso cotidiano das TIC,s, considerado experiências práticas relacionadas ao lazer e entretenimento, ao uso profissional e as política públicas de inclusão digital. Para tanto, desvelaremos as forças e cenários hegemônicos nos quais estas estão inseridas, relacionados ao processo de globalização e reprodução social. Terminaremos por identificar e exemplificar formas de resistências contra-hegemônicas que surgem através de burlas advindas dos processos de convivência cotidiana com as tecnologias a partir da analise das formas incorporadas ao uso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou em seus lares.

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1.Fazer um introdução desvelando um pouco as questões relativas a hegemonia e conta-hegemonia (com sustentação teórica a partir da sociologia e filosofia)

Milton Santos, relação técnica e política e o processo de globalização, como também reflexões sobre a técnica e os processos hegemônicos. Castells, abordagem sobre a revolução das tecnologias da Comunicação e Informação e a Revolução Industrial. Boaventura de Souza Santos, Discussão sobre Hegemonia e contra-hegemonia. Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999.

2.Continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias surgem no cotidiano dos indivíduos Giroux - MAFFESOLI, Douglas Kellner, - apresentar aspectos referentes ao processo de hegemoneização da tecnologia a partir da análise das mídias contemporâneas e formas de uso das TICs.

3.Identificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia, como possibilidades criativas que promovam o seu uso criativo além da instrumentalidade.... Reflexões a partir de experiências práticas vivenciadas, blogs na internet, rádios comunitárias.... Burlas como? Se essas práticas são hegemônicas.... Se essas práticas são as reflexões mais importantes, colocar como ponto incial? Observar questões conceituais. O que é tomado como verdade? O que é hegemônico e o que contra-hegemônicos Burla enquanto espaço de tensão ao instituído. Trazer aspectos instituintes.

4.Bibliografias:

  INTRODUÇÃO: breve ensaio Em aberto
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O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal (entendi nada) esse determinismo não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000). (está confuso. Falta objetividade, clareza)
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O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).
 
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização” um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
 
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Nesse contexto, é que as forças hegemônicas se movem (construção fraseal), manifestadas das mais diferentes formas. É nesse sentido que buscaremos analisar posturas contra-hegemônicas que emergem do uso/relação cotianana com as TIC decorrentes de um potencial latente para manifestação dessas forças/sentimentos.
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Milton Santos (2000), afirma que para compreender a globalização atual, “como, a qualquer fase da história, há dois elementos fundamentais a levar em conta: o estado da técnica e o estado da política”. Para o autor, não existe uma separação entre as duas coisas, pois “as técnicas são oferecidas como sistemas e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso”.
 
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas seja possível manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
 
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Nesse sentido atribuimos as TIC uma importância inegável devido a seu caráter anti-hierarquico e horizontalizad. (?) Talvez, a estas, não estejam apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
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Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em família e cada conjunto de técnicas representa uma época atual, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas. Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
 
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Neste sentido, Santos (2000), constata uma unicidade da técnica ao identificar que o desenvolvimento da história vai de par com o desenvolvimento das técnicas. Afirma que as técnicas da informação, por meio da cibernética, da informática e da eletrônica, representam a época atual, pois entende que as técnicas são elaboradas em famílias que transportam uma história, ou seja, cada sistema de técnicas representa uma época (MAFFESOLI, 2000) (maffesoli fala em categorias, CABE?) . O surgimento de uma nova família de técnicas não implica o desaparecimento das outras, contudo o acesso ao novo sistema não é para todos, podemos dizer que na verdade esse acesso é para poucos, nesse sentido que as apropriações cotidianas acabam por abarcar posturas contra-hegemônicas. As práticas contra-hegemônicas talvez decorram da constatação de Santos (2000) de que as tecnologias não podem ser vistas como dado absoluto, mas tornam-se história a partir de intermediaçoes políticas. Nesse sentido num contexto político hegemônico, estas serão usadas como artífice para a realização desse propósito: seja no âmbito estatal ou no âmbito privado. A hegemonia entendida como a prepoderância de idéias, conceitos, ideologias, culturas e técnicas que se arvora de uma pretensão dominante se manifesta de formas variadas, e se sedimenta com os melhores recursos de cada contexto. Estes podem ocorrer via cultos religiosos, impressos, rádio, televisão, cinema, e no caso em particular, objeto de nossa análise nesse trabalho: pelo uso cotidiano de tecnologias. Identificar como estes elementos hegemônicos surgem na sucessão dos dias e como são absorvidos, incorporados, impregnados na vida das pessoas também nos oferecerá os caminhos capazes de compreender possíveis usos contra-hegemônicos. Os instrumentos de comunicação de massa desempenham um papel significativo neste processo. As novelas, os programas televisivos, as redações jornalísticas, são produzidos segundo uma ótica hegemônica, atendendo aos ditames dos mercados homogeneizados e/ou movidos por forças igualmente hegemônicas. Nesse contexto a o papel da escola parece diluir-se como gota no oceano. Então que papel estaria reservado aos professores? o de repetir sem nenhuma reflexão a onda hegemônica, perpetuando esta incômoda situação, ou há alguma possibilidade de reflexão, construção de mudanças aceitáveis? Haveria espaço para posturas contra-hegemônicas a partir e através da escola?
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
  Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.
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Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, entendemos-no como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.
 
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2.continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias
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Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas, sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161). Nesse sentido, para fazer frente aos fluxos e práticas cotidianas é que emergem o que consideramos enquanto burlas cotidianas resultantes quase sempre de açoes criativas individuais e/ou coletivas e que constituem-se enquanto importante instrumento de enfrentamento ao hegemônico.
 
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3.surgem no cotidiano dos indivíduos
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedemos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente no em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de ra'ca, por costumes ou condição militar".
 
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO Para Castells (2000, p.49), estamos vivendo uma revolução da tecnologia da informação por se identificar um novo paradigma formado a partir da emergência das tecnologias da comunicação e informação que, segundo ele, constituem “[...] o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hadware), telecomunicações/radiofusão e optoeletrônica”. Essa revolução é caracterizada pela possibilidade de aplicações de conhecimentos e de informações para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamentos que possibilitam a comunicação da informação, porque essas “[...] novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos”. Ao contrário das revoluções tecnológicas anteriores que ocorreram apenas em algumas sociedades e foram difundidas em uma área geográfica limitada, a revolução da tecnologia da informação é marcada pela velocidade da sua difusão, devido a sua lógica de aplicação imediata no próprio desenvolvimento da tecnologia gerada, Castells (2000, p. 51). Segundo ainda Castells (2000, p.52), existem muitas áreas do mundo desconectadas do novo sistema tecnológico e o “[...] fato de países e regiões apresentarem diferenças quanto ao momento oportuno de dotarem seu povo do acesso as tecnologias da comunicação e informação representa fonte crucial de desigualdade em nossa sociedade”. Contudo, além da desigualdade social relacionada a falta de acesso, segundo Apple (1995), as formas de uso dessas novas tecnologias na escola também possibilitam a desigualdade social, na medida em que algumas pessoas as utilizam para programação e usos “criativos” e outras utilizam-na apenas para fazer exercícios. Neste sentido, Apple (1995, p.166) afirma que: [...] “a programação tem sido vista como jurisdição de dotados e talentosos” e daqueles alunos que são mais ricos. Estudantes menos ricos parecem descobrir que o computador é somente um instrumento para períodos de exercício e adestramento mecânico.
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos vibilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
 
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Com relação as formas de utilização das novas tecnologias Castells (2000, p.51) observa: Os usos das novas tecnologias de telecomunicações nas duas últimas décadas passaram por três estágios: a automação de tarefas, as experiências de usos e a reconfiguração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da inovação tecnológica baseou-se em aprender usando, de acordo com a terminologia de Resenberg. No terceiro estágio, os usuários aprenderam a tecnologia fazendo, o que acabou resultando na reconfiguração das redes e na descoberta de novas aplicações. (REFERÊNCIAS) Segundo ele (2000, p.25): [...] ao surgir uma nova família de técnicas, as outras não desaparecem. Continuam existindo, mas o novo conjunto de instrumentos passa a ser usado pelos novos atores hegemônicos, enquanto os não hegemônicos continuam utilizando conjuntos menos atuais e menos poderosos. Quando um determinado ator não tem as condições para mobilizar as técnicas consideradas mais avançadas, torna-se, por isso mesmo, um ator de menor importância. (REFERÊNCIAS) Ainda no dizer de Santos (2000, p.26): Diante da capacidade que tem a tecnologia de incorporar transformações na sociedade e de suas possibilidades contra-hegemônicas entisicas levantaremos alguns questionamentos: 1. O que é específico da revolução recente em relação ao processo inaugurado na modernidade com as revoluções industriais? 2. Existe alguma distinção entre o pensar tecnologia e a idéia de globalização? 3. Como a educação formal, mais especificamente o currículo dos cursos de formação de professor, se posiciona diante dessa revolução da tecnologia da comunicação e informação? Na resposta à primeira questão, podemos identificar como a principal especificidade dessa revolução, em relação às revoluções industriais, é que é a primeira vez, na história da humanidade, “[...] que tal conjunto de técnicas envolve o planeta como um todo e faz sentir, instantaneamente, sua presença” (SANTOS, 2000, p.25). Ou seja, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas. (REFERÊNCIAS) Assim, podemos concluir que a hegemonização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Isto significa que, para entendê-la, é necessário levar em conta dois elementos essenciais: o estado das técnicas e o estado da política. Santos (ANO , P.) nos alerta, ainda, para o fato de que “[...] há uma tendência em separar uma coisa da outra. Daí muitas interpretações das técnicas. E por outro lado, interpretações da história a partir da política” (SANTOS 2000, p.23). Além do mais, segundo Santos, a utilização de um sistema de técnicas avançadas pelo mercado global – caracterizado: pela unicidade da técnica, pela convergência dos momentos à cognoscibilidade do planeta e pela existência de um motor único na história, representado pela mais valia globalizada – vai resultar em uma globalização perversa, que poderia ser diferente se seu uso político fosse outro. No dizer de Santos ainda “[...] esse é o debate central, o único que nos permite ter a esperança de utilizar o sistema técnico contemporâneo a partir de outras formas de ação”.
 
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Neste sentido, respondendo à segunda questão, não podemos separar o pensar tecnologia da idéia de globalização, senão ficaremos fadados a investir apenas em processos de reprodução. O que nos remete a terceira questão, que se refere ao impacto da revolução da tecnologia da comunicação e informação na educação abordada a seguir.
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** Antes de colocarmos o próximo parágrafo precisamos fundamentar mais o sentido de hegemonia e sua relação com os processos de globalização. Para isso sugiro a leitura do texto de Boa Ventura de Souza Santos, Os processos de globalização.
 
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** Nesse contexto, é que as forças hegemônicas se manifestam das mais diferentes formas, Contudo, buscaremos analisar posturas contra-hegemônicas que emergem do uso/relação cotidiana com as TIC decorrentes de um potencial latente para manifestação dessas forças/sentimentos
 
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trechos que podem virar citações
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2. continuar abordando a forma hegemônica como tecnologias surgem no cotidiano dos indivíduos - Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia
 
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“A ciência, neste sentido, está a serviço do capital politicamente articulado: o seu avanço
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Ao analisarmos historicamente as evolucoes tecnologicas possibilitadas pelos avancos cientificos em areas como a micro-eletronica e a nanotecnologia verificaremos que estas sao resultados de processos hegemonicos e se difundiram e difundem-se como imposicoes mercadologicas que necessitam de escalas globais para viabilizarem-se, como exemplos praticos, podemos citar os padroes adotados pela industria de circuitos eletronicos, que compoe aparelhos como PCs, celulares, televisores, tocadores de musica eletronica, entre outros.
 
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Ao nos determos determos sobre os sistemas de c'odigos que se constituem enquanto alma desses artefatos, verificaremos que a l'ogica hegemonica e igualmente reproduzida. Dai resulta uma constante busca por inovacoes atreladas a padroes tecnicos, que embora regulados por estados nacionais e/ou por entidades reguladoras transnacionais sao fortemente pressionados por imensas corporacoes privadas transnacionais com o objetivo de for'car seus padroes, seja apelando para mecanismos legais ou simplesmente incentivando de forma sorrateira, sob os mais diversos subterfugios (que vao desde elaboradas campanhas publicitarias ateh suborno de dirigentes) que seus produtos e/ou padroes tecnologicos sejam absorvidos enquanto cultura.
 
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Em meio a esse rolo compressor hegemonico emerge uma dura realidade que esta muito distante dos cenarios cleans trasmitidos em filmes futuristas ou em folhetins teledramaticos, e dai emergem os sinais de contra-hegemonia, e, utilizando-se dos mesmos avancos tecnologicos acoes e atividades contra-gegemonicas sao viaveis, possiveis e cada vez mais presentes e reais.
 
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“Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).
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3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc) Usar Certeau e outros autores que falam disso
 
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Percebemos tambem que espacos de convivio cotidianos como os nossos lares, a escola, clubes e ate mesmo espacos p'ublicos como salas de cinema pracas, entre outros sao cada vez mais tomados para refor'car comportamentos hegemonicos e, em muitos casos o que tranborda ao considerado comportamento normal passa despercebido ou eh tomado enquanto atitude estranha, sobretudo na escola ou na fam'ilia.
 
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“(...) A Disney não ignora a história; ela a reinventa como um instrumento pedagógico e político para assegurar seus próprios interesses e sua autoridade de poder. (p. 137) “O ‘Maravilhoso Mundo da Disney’ é mais que uma logomarca. Ela demonstra com o terreno do popular tornou-se central de mercantilização da memória e de reescrita de narrativas de identidade nacional e expansão global. (p. 140). “(...) As imagens eletronicamente mediadas, especialmente a televisão e o filme, representam uma das armas mais potentes do século XX. Construída como uma esfera pública, com um enorme alcance global, o poder da mídia eletrônica reforça o argumento de Stuart Hall de que não existe política fora da representação. (...) (p. 155). (Giroux, apud, SILVA, 1995.)
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Dessa forma esses espacos se transforma em importantes zonas a serem apropriadas eou tomadas para a consolida'cao hegemonica, suas forcas motrizes sabem disso e o fazem com maestria.
 
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Sobre isso e sobre o conraste confronto entre possuidores/nao possuidores que menciono vejamos o que nos diz Milton Santos ..."Quanto aos “não-possuidores” sua convivência com a escassez é conflituosa (...) cada dia oferecendo uma nova experiência de escassez. [...] A sobrevivência só é assegurada porque as experiências imperativamente se renovam. E como a surpresa se dá como rotina, a riqueza dos “não-possuidores” é a prontidão dos sentidos. É com essa força que eles se eximem da contra finalidade e ao lado da bisca de bens materiais finitos cultivam a procura de bens infinitos como a solidariedade e a liberdade: estes, quanto mais se distribuem mais aumentam. (p. 130)[...]
 
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- Com sustentação teórica a partir teóricos da tecnologia, comunicação e outros que falam de hegemonia e contra-hegemonia
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Otimista, o geografo ainda nos aponta caminhos possiveis que aqui tratamos como possibilidades contra-hegemonicas no manuseio/uso de midias digitais, vejamos:
 
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3. Falar consolidações hegemônicas a partir de espaços cotidianos (familia, escola, clube, etc)
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“O entendimento sistemático das situações e a correspondente sistematicidade das manifestação de inconformidade constituem, via de regra, um processo lento. Mas isso não impede que no âmago da sociedade, ,já se estejam, aqui e ali, levantando vulcões, mesmo que ainda pareçam silenciosos e dormentes.” (p. 134).
 
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4.Usar Certeau e outros autores que falam disso
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“A organização é importante, como o instrumento de agregação e multiplicação de forças afins, mas separadas. Ela também pode constituir o meio de negociação necessário a vencer etapas e encontrar um novo patamar de resistência e de luta.” (p. 134).
 
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4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia
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“Os movimentos sociais organizados devem imitar o cotidiano das pessoas, cuja flexibilidade e adaptabilidade lhe asseguram um autêntico pragmatismo existencial e constituem a sua riqueza e fonte principal de veracidade.” (p. 134). Esta parece ser uma das mais importantes “burlas”.
 
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4. Idendificar burlas nessas relações cotidianas com os aspectos hegemônicos da tecnologia
 (Michel de Certeau pode ser um dos referenciais nisso tbm)
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Aqui inserir textos e contribuicoes de washington
 5. Identificar indícios contra-hegemonicos a partir de ações concretas no cotidiano ou que ao afetam...
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(dai e um trabalho de partir de indícios mesmo, pois penso são poucos, dai Ginburg pode ser um caminho)...

Entedemos os espaços e manifestações cotidianas como nos é apontado por Certeau (2006) Contrapondo-se a essa realidade, que nos parece hegemônica, identificamos propostas inovadoras que procuram valorizar experiências e vivências de professores e alunos, fomentando e abrindo espaços para atividades mais lúdicas e criativas realizadas com maior liberdade, porém, em muitos casos tais experiências resultam de burlas cotidianas, táticas de enfrentamento e de um uso não autorizado (CERTEAU, 1996) e/ou diverso daqueles constantes dos objetivos oficiais.

Tais espaços estrapolam o que poderiam chamar de cotidiano físico-material e se consolidam também em universos cibers, opticos bi e tridimensionais forjando uma esfera de enfrentamento político e ideológico para além do real como nos aponta Giroux “As imagens eletronicamente mediadas, especialmente a televisão e o filme, representam uma das armas mais potentes do século XX. Construída como uma esfera pública, com um enorme alcance global, o poder da mídia eletrônica reforça o argumento de Stuart Hall de que não existe política fora da representação. (...) (p. 155). (Giroux, apud, SILVA, 1995.)”

 
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(dai e um trabalho de partir de indícios mesmo, pois penso são poucos, dai Ginburg, leituras sobre método indiciário pode ser um caminho)...
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É fácil verificar a importância da contatação de Giroux ao observamos o debate em torno das concessões de TV susacitada a partir da revogação de uma concessão de TV comercial pelo atual governo venezuano, que provoca um debate global onde diferentes visões são colocadas para o mesmo fato, entretanto apenas a visão dos conglomerados de comunicação mundial ganham destaques na lógica broading-cast de difusão da informação, mas uma vez ae verificamos a importância das ações, táticas e burlas contra-hegemônicas, pois sem essas e as possibilidades para sua veiculações em espaços alternativos de difusão da informação, apenas a visão hegemônica prevaleceria.
 
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Tais realidades adiquirem contornos quase dramáticos quando instrumentos técnicos altamente sofisticatos como recursos para empacotamento digital de áudio e vídeo suas interfaces físicas como micro-computadores e micro-câmeras são tomados de assalto por forças hegemônicas para dar vazão a visões hedônistas de mundo que como apontado por Virilio contribuem apenas para uma voyerização levada a quitenssência contribuindo cada vez mais para uma banização estética, onde os timbres estão apenas a serviço de um cyberpornografia global.

Aqui citaremos alguns exemplos de utiliza'cao compreendida como acoes contra-hegemonicas que entendemos como burlas anti-hegemonicas:

Utilizacao de blogs para postagem/denuncia de sistuacoes muitas vezes ignoradas pela mass media - Denuciando acoes de exercitos e/ou fraudes politicas

Utilizacao de recursos tecnicos para trasmissao de stream de audio e video sopre protocolo IP como verificado recentemente na ocupacao da reitoria da USP onde os alunos trasmitiam para o mundo audio e video suas ideias atraves dos endere'cos

http://stream.paraguas.org:8000/radio.ogg

http://stream.paraguas.org:8000/tvlivre.ogg

Tal trasnmissoes percorrerao listas e blogs e constituiram-se no porta voz oficial do movimento frente ao veiculado na grande imprensa.

Podemos citar tambem exemplos de videos veiculados na plataforma proprietaria outube que denunciarm as aberracoes praticadas pelos soldados americanos em sua ultima empreitada no deserto. Tais videos postados pelos mais diferentes pessoas de diversos lugares no globo motivaram o proprio exercito americano a criar seu proprio canal de difusao de videos com a sua versao e olhar sobre a guerra. Um exemplo, de como o contra-hegemonico pode provocar reacoes hegemonicas.

Sobre a mesma plataforma podemos citar a proibicao/censura que seus controladores inpoem a alguns conteudos sob alegacao de que estes contem conteudos inadequados, ou seja, forcas hegemonicas j'a despertaram para o seu potencial enquanto veiculo capaz de constituir-se num instrumento de manifestações anti/contra-gegemônicas

 

REFERÊNCIAS

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1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
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Bonilla, M. H. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 2. Edição. Petrópolis: Vozes, 1996. Santos, M. Santos. S. Boaventura
 2.Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI – Versão 3.0 – novembro 1999. 3.GIROUX, Henry. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
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1.GALEFFI, Dante Augusto. A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência. In: _. Filosofar e educar. Salvador : Quarteto, 2003.
 4.MAFFESOLI, Michel. Medicações simbólicas: a imagem como vínculo social. In: MARTINS, Franciso Martins e SILVA, Juremir Machado (Orgs.). Para navegar no século XXI. 2. ed. Porto Alegre : Sulina/Edipucs, 2000. 5.SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
 
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