Difference: ArtigoDori (5 vs. 6)

Revision 610 Jun 2007 - MariaHelenaBonilla

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-- DoriedsonAlmeida - 16 May 2007
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  O período histórico contemporâneo iniciado no pós-guerra e consolidado a partir do consenso de Washington* é apontado por alguns estudiosos como processo inelutável resultante do avanço das TIC (Castells, 1996). Para outros estudiosos, as características da globalização, impostas segundo preceitos do pensamento neo-liberal não passa de uma inversão de papeis onde tomam-se as causas como conseqüências, e daí a razão de atribuir as TIC o seu caráter central nesse processo enquanto na verdade são apenas resultado de processos históricos e políticos Santos (2000).
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global.
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Estudiosos agrupados nessa corrente de pensamento, dentre eles Boaventura de Souza Santos, consideram as questões relacionadas a hegemonia do atual modelo macro-econômico mundial, denominado “globalização”, um processo resultante de consensos políticos dos países centrais, alinhados política e ideologicamente num consenso de sustentação da fase atual do capitalismo global. problema na construção da frase
  Milton Santos (2000), afirma que para compreender a globalização atual, “como, a qualquer fase da história, há dois elementos fundamentais a levar em conta: o estado da técnica e o estado da política”. Para o autor, não existe uma separação entre as duas coisas, pois “as técnicas são oferecidas como sistemas e realizadas combinadamente através do trabalho e das formas de escolha dos momentos e dos lugares de seu uso”.
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  Segundo Santos ainda, as técnicas surgem em família e cada conjunto de técnicas representa uma época atual, atualmente caracterizada pela chegada da técnica da informação. Para ele, as técnicas características da atualidade, mesmo de um só ponto do território, influenciam todo o país. Neste sentido, Santos (2000, p.25-26), nos apresenta um exemplo, comentando-o: [...] a estrada de ferro instalada em regiões selecionadas, escolhidas estrategicamente, alcançava uma parte do país, mas não tinha uma influência direta determinante sobre o resto do território. Agora não. A técnica da informação alcança a totalidade de cada país, direta ou indiretamente. Cada lugar tem acesso ao acontecer dos outros. O principio de seletividade se dá também como princípio de hierarquia, porque todos os outros lugares são avaliados e devem se referir àqueles dotados das técnicas hegemônicas. Esse é um fenômeno novo na história das técnicas e na história dos territórios. Antes havia técnicas hegemônicas e não hegemônicas; e hoje, as técnicas não hegemônicas são hegemonizadas.
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 Assim, podemos concluir que a hegemoneização das técnicas modernas reflete a não distinção entre tecnologia e globalização que se caracteriza, segundo Santos (2000), por ser o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
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Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
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Nesse sentido, atribuímos as TIC uma importância inegável, devido ao seu caráter anti- hierárquico. expliquem isso... Talvez, a estas, não esteja apenas reservado o papel de atuar como a célula propulsora vital que torna irreversível o atual estado de coisas como aponta Castells (XXX), mas também cabe-lhes um outro papel de contrabalançar as forças, mostrando horizontes possíveis de mudança e de contraposição à ordem hegemônica.
 
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender.
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Parece contraditório que por meio de instrumentos resultantes da própria ação das forças hegemônicas sejam possíveis manifestações anti/contra-hegemônicas. Talvez este cenário seja resultante das contradições do atual modelo de globalização. Este modelo, apesar dos esforços, não consegue ser onipresente enquanto força motriz; senhor de tudo e todos, como parece pretender. aprofundem esta idéia
  "A sociedade capitalista contém, também, em seu interior em caráter contraditório cujo desenvolvimento conduz à transformação e, mais tarde, à sua própria superação".” (Saviani, 1994, p. 116).
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Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito. O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.
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Existem burlas neste processo todo. Elas acontecem e provocam algumas turbulências no equilíbrio do sistema. Quando rastreadas, mapeadas, identificadas e localizadas, são silenciadas. Este silenciar pode acontecer de variados formatos, não implicando em sua eliminação do sujeito ???? . O mais comum é a desqualificação do opositor como pessoa desequilibrada, ou sem caráter.

hummmmmmmm.... pensando... existem contradições dentro do próprio sistema (idéia 1); existem burlas que provocam turbulências no sistema, ou seja, vêm de fora do sistema (idéia 2) - como vcs articulam/relacionam estas duas idéias?

Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar. Entendemos-o como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.

 
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Importante ressaltar que o significado de burla aqui pretendido não esta relacionada a origem etimológica do vocábulo e/ou como o simples ato de burlar, enganar ou fraudar, entendemos-no como resultado de uma tensão insitituinte x práxis cotidiana emergidas de subjetivações complexas advindas dos usos e apropriações cotidianas das diversas tecnologias pelos indivíduos, seja de forma passiva, enquanto simples observador/telespectador ou de maneira ativa enquanto sujeito interativo e resiginificador desses espaços.
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tem uma quebra aqui

Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas, tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos, podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas. Sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161). a citação não está bem colocada. deve vir entre "práticas hegemônicas" e "tais burlas"

 
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Considerando que currículos, diretrizes e/ou métodos adotados em espaços de educação escolar e não escolar, são utilizadas numa perspectiva de consolidação de práticas hegemônicas tais burlas, entendidas como práticas criativas e táticas de enfrentamentos podem ser consideradas inevitáveis e importantes para contrabalançar forças antagônicas e visivelmente desequilibradas, sobre isso Santomé nos alerta: “Quando se analisa de maneira atenta os conteúdos que são desenvolvidos de forma explícita na maioria das instituições escolares e aquilo que é enfatizado nas propostas curriculares, chama fortemente a atenção a arrasadora presença das culturas que podemos chamar de hegemônicas. As culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõem de estrutura importante de poder costumam ser silenciadas, quando não estereotipadas e deformadas, para anular suas possibilidades de reação.” (Santomé, apud, SILVA, 1995, p. 161).
 Nesse sentido, para fazer frente aos fluxos e práticas cotidianas é que emergem o que consideramos enquanto burlas cotidianas resultantes quase sempre de açoes criativas individuais e/ou coletivas e que constituem-se enquanto importante instrumento de enfrentamento ao hegemônico.
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedemos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente no em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de ra'ca, por costumes ou condição militar".
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No contexto onde apontamos possibilidades de acoes contra-hegemonicas, entendidas enquanto burlas anti-sistemicas faz-se necess'ario que entedamos hegemonia nao so em seu sentido entimologico "de predomínio majoritário (e muitas vezes opressivo) de algo sobre o resto", mas essencialmente em sua forma conceitual apontada por Antoni Gramsci "para descrever o tipo de dominação ideologica de uma classe social sobre outra, particularmente da burguesia sobre o proletariado e outras classes de trabalhadores", hummmmm... e este conceito se aplica no contexto contemporâneo? bem como suas implicacoes geopoliticas "aqui entendida como a supremacia de um povo entre outros, pelas suas tradições ou condições de raça, por costumes ou condição militar". esta citação tb é de Gramsci?

tem uma quebra aqui

 
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos vibilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
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Entendemos que no atual cen'ario onde os avancos tecnicos sao visivelmente comprometidos com um modelo de Estado que reflete padroes culturais e de comportamentos, as TIC assumem papel central tanto enquanto instrumentos viabilizadores das acoes hegemonicas e pardoxalmente oferecem os instrumentos para comportamentos e acoes anti-hegemonicas, embora muitas vezes nao visiveis e pulverizados no imenso universo ciber.
 
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percebi que a partir daqui o texto está bastante fragmentado.... então paro por aqui e só volto a analisá-lo quando tiver uma forma mas consistente. Eu havia solicitado isso para este final de semana. Não veio. Pq??????????
  ** Antes de colocarmos o próximo parágrafo precisamos fundamentar mais o sentido de hegemonia e sua relação com os processos de globalização. Para isso sugiro a leitura do texto de Boa Ventura de Souza Santos, Os processos de globalização.
 
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